Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
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(13 de Maio de 1810) Carta do Príncipe Regente - do Rio de Janeiro - concedendo o título de Leal ao Senado. (In Alvarás, Justiça em Macau - A.H.M. - Res.). D. João VI concedeu este título ao Senado de Macau, em recompensa dos esforços envidados para repelir os piratas de Cam-Pau-Sai, que ameaçavam a Colónia, e pelos importantes socorros pecuniários prestados em muitas ocasiões ao Estado da Índia.
O Presidente do Leal Senado da Câmara de Macau faz saber que tendo sido concedida pelo Leal Senado ao actual arrematante do exclusivo de recolher lixo a rescisão do seu contrato, por ele solicitada, terá lugar no dia 10 de Maio de 1914, a arrematação do referido exclusivo, servindo de base a quantia de $61 por ano, preço da arrematação cujo contrato acaba de ser rescindido, e pelo período a decorrer desde a data da adjudicação até 10 de Julho de 1922.
O culto a Nossa Senhora de Fátima bem cedo encontrou em Macau um dos principais centros de intensa devoção à branca Senhora que aparecera a três pastorinhos nos descampados da Serra de Aire. O promotor desse culto terá sido o padre jesuita António Roliz, pois foi eleque, antes do tríduo de preparação para a primeira procissão a realizar em Macau, benzeu a imagem que viera de Portugal. O tríduo iniciou-se no dia 10 de Maio, com Missa de manhã, recitação do Terço e bênção do Santíssimo à tarde. Assim, a primeira procissão com a imagem da Senhora de Fátima ocorreu a 13 de Maio de 1929. As cerimónias religiosas que precederam a procissão, e nesse primeiro ano tiveram lugar na Sé Catedral, constaram de Missa de Pontifical celebrada pelo então Bispo de Macau, Dom José da Costa Nunes. O Santíssimo ficou exposto, para adoração dos fiéis, até à tarde, quando foram cantadas Vésperas Solenes, seguidas de sermão pelo padre jesuíta António Alves, superior das Missões de Shiu-Hing (Zhaoqing ), na China, após o qual saiu a procissão. Como era usual nas procissões que saiam da Sé, também esta fez o mesmo trajecto, ou seja, Largo da Sé, Travessa do Roquete, Largo do Leal Senado, Rua de S. Domingos e Travessa do Bispo, regressando à Catedral. Segundo um periódico da época, “a imagem da Senhora levava uma preciosa auréola e pendente das mãos um rico rosário, obtido por subscrição pública”. Durante o percurso recitava-se o Terço e cantavam-se hinos à Senhora. E nunca mais esta procissão deixou de se realizar, porque, na sua homília, o padre Alves fizera um apelo a toda a população católica de Macau no sentido de todos os anos ir em peregrinação, no dia 13 de Maio, até à colina da Penha, transportando a imagem da Virgem de Fátima. Esse apelo levou à criação de uma instituição que assegurasse a continuidade daquela manifestação de fé e de culto à Senhora de Fátima. Fundava-se assim, em 13 de Dezembro de 1929, a Congregação de Meninas, designada de Nossa Senhora de Fátima. De tal forma essa devoção se enraizou na crença do povo de Macau e dos muitos católicos que vinham de outras cidades, sobretudo de Hong Kong, que logo no ano seguinte o acompanhamento foi de tal ordem que desde 1904 não se vira uma procissão tão concorrida. Com o falecimento do padre Roliz, nos primeiros anos da década de 1930, o padre Alves, ao tempo Reitor do Seminário de S. José, passou a ser o grande apóstolo da devoção à Senhora de Fátima e fez da Igreja de S. Domingos um autêntico santuário mariano, e a procissão constituía uma piedosa peregrinação desde S. Domingos até à Penha. A festa começou a ser precedida de novena, que enchia por completo a Igreja de S. Domingos, com recitação do Terço, homilia e Missa vespertina, saindo depois a Procissão que percorria as ruas da baixa da cidade, e se estendia ao longo da Praia Grande, até subir a Estrada de Dom João Paulino. Milhares defiéis entoavam cânticos de louvor a Maria. Mas não era apenas o povo anónimo que acompanhava a Senhora de Fátima, pois a todas as cerimónias, incluindo a Procissão, presidia o Prelado da Diocese, tendo a seu lado os membros do Cabido, sacerdotes e seminaristas, além de representantes das paróquias da cidade, alunos de colégios e escolas católicas com lindas flores naturais. A Senhora de Fátima é sempre transportado pelas meninas da Congregação de Nossa Senhora de Fátima. A partir de 1978 a liturgia das cerimónias religiosas passou a ser em português e chinês para que todos pudessem rezar na sua própria língua, dado que eram as comunidades representativas dos católicos de Macau. Chegada a Procissão à Ermida da Penha, já depois do pôr-do-sol, era cantado um solene Te-Deum, após o qual o Prelado, da balaustrada da Penha, dava a bênção à cidade, acto que era geralmente assinalado por um turno de clarins do Exército Português. E desde essa tarde longínqua de 13 de Maio de 1929, todos os anos as ruas da cidade, de S. domingos à Penha, se enchem de pessoas de muita fé, porque o povo católico de Macau consagrou à Senhora de Fátima os seus destinos e os da terra onde nasceu ou se radicou. –
I. CQN-Macau. A 26 de Agosto de 1933, por decisão do Governo de Macau, nascia a primeira estação de rádio do território, que seria também a primeira rádio do então império ultramarino português. Não foi fácil, nem regular, a vida da Estação, que por motivos financeiros viria a sofrer diversas alterações ao seu estatuto e funcionamento. Embora um despacho do Governador de 17 de Agosto de 1937 lhe viesse dar novo fôlego, tal não obviou a que a 2 de Maio do ano seguinte fosse extinta, para dar lugar à CRY-9-Macau, na dependência do Governo de Macau, mas com grande parte das despesas a serem cobertas pelos Correios e Telecomunicações de Macau (C.T.T.). – II. Rádio Clube de Macau – Na sequência do encerramento da CRY-9-Macau, o Rádio Clube de Macau (RCM), com Estatutos aprovados pela Portaria n.º3095, de 29 de Março de 1941, inicia as suas emissões a 28 de Maio do mesmo ano. O RCM emitia em língua chinesa das 17.00 às 20.00 horas e, em línguas portuguesa e inglesa, das 20.00 às 23.00 horas, nas frequências de 900 e 9.500 Kc/s, com uma potência de, respectivamente, 250 e 1000 Watts. Em 1951, o RCM transmite apenas emissões nas línguas chinesa e portuguesa na frequência de 900 Kc/s, com a potência de 250 Watts. A 17 de Fevereiro de 1962 o RCM dá lugar à ERM – Emissora de Radiodifusão de Macau. Esta última estação viria a dar lugar, em 1983, à criação da Empresa Pública TDM-Teledifusão de Macau, englobando um canal de televisão, a TDM-TV, e a Rádio Macau. A TDM-TV iniciou as suas emissões regulares a 13 de Maio de 1984, com um canal bilingue transmitindo seis horas diárias; posteriormente os canais viriam a ser separados, com a TDM-Canal 1 a transmitir em português e a TDM-Canal 2 a transmitir em chinês. A vida da empresa viria a ter alguns sobressaltos, que acompanharam várias alterações do seu Estatuto, nomeadamente no decorrer da primeira tentativa de privatização. Iniciando a sua vida como empresa pública, a TDM transformou-se, em 1988, em sociedade anónima, passando o Governo de Macau a deter 50, 5% das acções e as restantes 49, 5% distribuídas por entidades privadas de Macau: a STDM com 19, 5%, a Nam Kwong (Nanguang 南光) com 15% e o banqueiro Edmund Ho com 15%. Este último viria a alienar a sua posição na sequência da sua nomeação como Chefe do Executivo da RAEM. Em Março de 2000, Stanley Ho, administrador delegado da STDM, vende a participação que detinha na TDM à empresa Xin Cheng Da 信誠達. – III. Rádio Vila Verde – É a primeira iniciativa privada na Rádio e surge pela mão do empresário Pedro José Lobo. A Rádio Vila Verde (RVV) é inaugurada oficialmente a 6 de Abril de 1952, após longo período experimental. A estação emitia em chinês das 8.30 às 18.00 horas, e em português das 20.15 às 23.00, na frequência de 1.037 Kc/s, comprimento de onda de 289 metros e com a potência de 1 Kw. Em 1952, a RVV transmite em duas frequências, a saber, Estação CR9XL, em chinês, das 7.00 às 21.00 horas, e em português das 21.00 às 24.00 horas, na frequência de 1.005 Kc/s, com a potência de 3Kw, e a Estação CR9XM, com emissões apenas em português das 13.00 às 14.30 horas e das 20.00 às 22.00 horas, na frequência de 1.200 Kc/s, com a potência de 250 Watts. Em finais de 1966, em plena Revolução Cultural, Pedro José Lobo deixa cair o canal português. Durante a década de 1990 a empresa sofreu algumas alterações estatutárias, com a entrada de novos sócios, nomeadamente a Fundação Oriente e, mais tarde, a Companhia do Canídromo de Macau, o que levou a modificações na sua designação para Rádio Oriente e, mais tarde, Rádio Vila Verde Sociedade Limitada. A 31 de Dezembro de 1994 a RVV deixa de emitir, recomeçando as emissões a 22 de Março de 2000, agora com a maioria do capital controlado pela STDM. [F.S.L.] Bibliografia: ALECRIM, Alberto, “(Mais) Um Pingo na História da Radiodifusão”, in MacaU, n.º 28, (Macau, Agosto 1994), pp. 24-6; BARREIRA, Nilélio, Ou Mun, Coisas e Tipos de Macau, (Macau, 1994); REGO, Paulo, “Quando o Futuro Era a Rádio”, in MacaU, n.º 28, (Macau, . gosto 1994), pp. 7-17; PINTO, Luís, “Telecomunicações: Macau na Aldeia Global”, in MacaU, n.º 23, (Macau, Março 1994), pp. 7-25; PINTO, Ricardo, “Comunicação Social: Dois Séculos de Expansão”, in Macau, n.º 16, (Macau, Agosto 1993), pp. 4-22.
Em finais de 1992, um português amante do teatro (Fernando Sales Lopes), uma bailarina profissional francesa, de formação clássica (Sophie Lumpp) e um chinês, também bailarino (William Che), juntam-se para dar vida a um projecto de intervenção cultural no campo dramático. Nasce então o Min Koi (Mianju 面具) – Máscara, Grupo Cultural de Arte Dramática, que se apresenta ao pú-blico de Macau nos dias 13 e 15 de Maio de 1993, com a peça a História do Soldado de Igor Stravinsky e Charles Ferdinand Ramuz, que envolveu mais de trinta pessoas em palco. Uma das singularidades desta peça, e que traduzia as preocupações interculturais do projecto delineado pelo núcleo fundador do grupo, era a mistura de culturas e de línguas no palco. Considerado pela imprensa local como uma aventura, e tida pela mesma como inédita, a História do Soldado juntou uma encenadora francesa, dois actores principais um chinês e outro português, um conjunto de bailarinos e figurantes de todas as idades, com uma narrativa em francês, diálogos em português e legendagem em chinês, adoptando a técnica tradicional da ópera chinesa, da projecção de diálogos. O objectivo, conseguido, era o de provar que a linguagem teatral supera as diferenças culturais e linguísticas, ao mesmo tempo que se transpunha para o palco a realidade multicultural de Macau. A adesão do público foi excepcional, e o inquérito lançado na procura de gente interessada em colaborar com o grupo surtiu os seus efeitos. Estavam lançadas as sementes para o renascimento do Teatro de raiz ocidental em Macau, surgindo, na sequência do pioneirismo do Min Koi (Mianju 面具) –Máscara, outros grupos. No dia 2 de Julho é feita escritura pública da constituição do Grupo, conforme o Boletim Oficial de Macau, II série, n.º29 de 21 /7/1993. Nos dias 27 e 29 de Março de 1994 o Min Koi (Mianju 面具) – Máscara leva à cena a peça Sete Exercícios Dramáticos, de Yvette K. Centeno, espectáculos que se integraram no programa do “Grupo Organizador das Comemorações dos 20 Anos do 25 de Abril”. Em Dezembro do mesmo ano o Min Koi (Mianju 面具) – Máscara, assinalando os 25 anos do desaparecimento de José Régio, organiza o encontro Vamos Falar de José Régio (6/12), e leva à cena a peça do escritor O Meu Caso (15 e 16/12). Ainda neste mês de Dezembro (10/12) o Grupo participa no “I Encontro de Poetas de Macau”. Em Junho deste mesmo ano (4 e 5/6) o Grupo apoia a produção do espectáculo de dança moderna de Pedro Paz, cumprindo um dos seus objectivos – apoiar as iniciativas culturais dos mais jovens. É com este mesmo espírito que no ano seguinte, em 1995, o Min Koi (Mianju 面具) – Máscara produz o trabalho de dança-teatro de Jane Lei, Um Anúncio de Decadência, mostrado ao público nos dias 1 e 2 de Junho. Em 1995, o Min Koi (Mianju 面具) – Máscara assinala, ainda, o Dia Mundial do Teatro, e está presente no “VI Festival de Artes de Macau”, colaborando com A Outra Banda. Coincidindo com o segundo aniversário do grupo, o Min Koi (Mianju 面具) – Máscara leva à cena de 13 a 25 de Maio, no Pavilhão do Jardim Lou Lim Ieok (Lulianruo Gongyuan 盧廉若公園), a peça de Bertold Brecht A Boda dos Pequenos Burgueses. As representações desta peça, que se prolongaram por mais dois dias do que os inicialmente previstos, foram um sucesso assinalável com salas sempre esgotadas, tendo marcado uma excepção, pela positiva, na história do Teatro em Macau. Outra das vertentes exploradas pelo grupo foi a do teatro de marionetas. Assim, a Oficina de Marionetas do Min Koi (Mianju 面具) – Máscara levou a efeito diversos workshops de construção e manipulação de Robertos, divulgando também a sua história. Foram realizados diversos espectáculos em escolas e em locais públicos, alguns integrados noutras actividades, como a “Feira do Livro” de 1996, ou assinalando datas importantes como o Dia da Criança, e festas de Natal. Em 1996, a Oficina de Marionetas do Min Koi (Mianju 面具) – Máscara foi convidada a estar presente na Tailândia, em representação de Portugal, no I Festival de Teatro de Rua da União Europeia, em Banguecoque, integrado no International Puppet Festival of Performing Arts. Na capital tailandesa foram representadas “A Loja do Mestre André” e a “Festa dos Robertos”, e realizados workshops de construção e manipulação de Robertos. [F.S.L.] Bibliografia: GOMES, Clara, “O Ressurgimento do Teatro”, in MacaU, II ser., n.° 36, (Macau, Abril 1995), pp. 14-21; MENESES, Isabel, “A Festa do Associativismo Cultural”, MacaU, II ser., n.° 36, (Macau, Abril 1995), pp. 42-47; Documentação pessoal; Imprensa periódica de Macau.
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