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Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
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No dia 18 de Maio de 1940, foram eleitos para seguirem para o Japão como embaixadores Luiz Pais Pacheco, que foi Capitão-Mor da Viagem do Japão e os feitores desta cidade no Japão, Luís Paes Pacheco, Rodrigo Sanches de Paredes, Gonçalo Monteiro de Carvalho e Simão Vaz de Pavia; deveriam tratar do reatamento do comércio com esse país. Ficou resolvido que os embaixadores só levariam 6000 taéis para seus gastos, os quais seriam pedidos aos moradores de Macau sobre penhores e créditos desta cidade, onde existia escassez de dinheiro. Em caso de necessidade, os embaixadores poderiam contrair empréstimos, no Japão, sob o crédito da cidade. No dia 6 de Julho de 1940, a infeliz embaixada de Macau (74 pessoas) chega a Nagasaqui. A 3 de Agosto, 61 membros desta missão são decapitados e o navio queimado; os sobreviventes são enviados de volta a Macau. Dos 61 mártires leigos, de 16 nações, 14 são portugueses da Europa e 4 de Macau. No dia 3 de Agosto de 1640, o trágico acontecimento conhecido como “Embaixada Mártir” tem lugar nesta data, em Nagasáqui. Relação em DITEMA, vol. II, pp. 506 a 508, com a autorizada assinatura do Pe. Diego Yuuki, S.J..
No dia 6 de Julho de 1808, faleceu em Pequim na residência episcopal do Sul – Nant’ang – com 57 anos, D. Fr. Alexandre de Gouveia, franciscano da Ordem Terceira Regular, doutor em Matemática por Coimbra. Entrara nesta sua Diocese em 18 de Janeiro de 1785 com grandes responsabilidades religiosas e políticas, distribuídas pela Rainha D. Maria I, nomeadamente a respeito do Seminário de Macau, para formação do “clero indígena”. A ele se deve a divisão da cidade de Pequim e subúrbios em quatro zonas, cada uma com sua igreja, a saber: do sul, do norte, do ocidente e do oriente ou de S. José, todas ainda hoje existentes. Foi Presidente do Tribunal das Matemáticas com o Imperador K’ieng-Pong, ou Kou Chong ou Chien Pung [仁宗].
D. Frei Alexandre de Gouveia, bispo de Pequim, nasceu em Évora, em 1751. De origem humilde, foi lhe destinada a carreira eclesiástica, tendo entrado na Ordem Terceira Regular de S. Francisco em 1769. Estudou em Lisboa, no convento de Jesus, e na Universidade de Coimbra, sendo o primeiro licenciado em Matemáticas após a reforma pombalina de 1772. Dados os seus conhecimentos de Matemática e Astronomia, foi nomeado bispo de Pequim em 1782 e, no ano seguinte, partiu para a sua diocese. Na corte chinesa ia ser aceite como cientista, ao serviço do imperador da China. Partiu para Goa em Abril de 1783, na nau Poliferno ou St. António, e levou com ele as chamadas Instruções para o Bispo de Pequim, um conjunto de normas e directivas que devia implementar junto da corte chinesa, sobretudo para defesa dos supostos direitos portugueses sobre a cidade de Macau. Depois de uma longa estada na Índia e em Macau, onde reabriu o Seminário de S. José, só chegou a Pequim em Janeiro de 1785. Encontrou os mais de vinte padres europeus da sua diocese divididos entre si e muitos dos sacerdotes que missionavam nas províncias chinesas presos nas cadeias da capital. Hábil, cuidadoso no trato com os missionários e com os mandarins, D. Frei Alexandre de Gouveia conseguiu serenar ânimos e contribuir para a libertação dos missionários presos. Mas nada pôde fazer para dar conteúdo às Instruções que recebera em Lisboa e haviam sido aumentadas por D. Federico Guilherme de Sousa, governador da Índia, e pelo Senado de Macau. Em carta ao ministro Martinho de Mello e Castro, em Novembro de 1786, diz o bispo: 'Pello que a mim respeita, eu tendo entrado na qualidade de Mathematico não faço aqui figura differente do resto dos Missionarias Europeos. Os Ministros sabem ser eu o Superior dos Europeos e dos Chinas Christãos nunca contudo me reconhecem tal nem me dão tratamento distinto.' Noutra carta, ao seu amigo D. Frei Manuel do Cenáculo, escrita no mês anterior, D. Frei Alexandre explica: 'A respeito da minha comissão, eu como não entrei com este character [de embaixador] em nada posso beneficiar Macao. A nossa Corte está totalmente às escuras a respeito das cousas da China.' Em 1787, D. Frei Alexandre de Gouveia passou a desempenhar as funções de qian fu (jianfu 監副), vice-director do Observatório Imperial, tendo ascendido, em 1795, a qianzheng (jianzheng 監正), director do mesmo Observatório. Os nossos missionários, quando exerciam estas funções, costumavam autodenominar-se 'vice-presidentes' e 'presidentes' do Tribunal das Matemáticas e Astronomia, cargos que existiam, de facto, mas eram sempre entregues a dois e quatro altos mandarins de etnia manchu e chinesa, respectivamente. Muitos silêncios povoaram o perpassar dos anos, muitas dificuldades encontrou no trabalho de missionação, com uma enorme carência de religiosos europeus para continuar o labor missionário em Pequim, mas, até à sua morte, a 6 de Julho de 1808, O. Frei Alexandre de Gouveia não deixou nunca de trabalhar e lutar pela sua diocese e, na sua correspondência enviada para Macau, Lisboa e Roma, deu singular testemunho da sua fé, da China e do seu tempo. Recolheu-se na catedral, a igreja de Nantang 南堂 ou da Imaculada Conceição, ainda hoje existente em Pequim, em Xuanwumen 玄武門, e aberta ao culto católico. No pátio anexo criou um pequeno seminário para a educação de jovens chineses, alindou osespaços da igreja, enriqueceu-a com a sua excelente biblioteca. Foi durante os anos de bispado de O. Frei Alexandre de Gouveia que se reinciaram e desenvolveram as relações entre os missionários europeus em Pequim e os cristãos da Coreia. Disso mesmo nos deu o bispo um vivo retrato na Carta ao Exm.o e Rm. o Bispo de Calandro, sobre a introdução e progresso do Christianismo na peninsula da Corea desde 1784 athe 1797, o seu único trabalho impresso editado em Lisboa, em 1808. Aos 57 anos, após um lauto jantar oferecido aos outros missionários portugueses residentes em Pequim, O. Frei Alexandre de Gouveia falecia, vítima de um fulminante ataque cardíaco, na residência episcopal de Verão, em Haidian 海澱, nos arredores da capital chinesa. Foi enterrado em lugar de destaque no velho cemitério católico de Zhalan 柵欄, em Pequim. [A.J.G.A.] Bibliografia: Encontram-se quase duas centenas de cartas de O. Frei Alexandre de Gouveia nas seguintes bibliotecas e arquivos:Biblioteca Pública /Arquivo Distrital de Évora, códices CXXVII/1-5, CXVI/ 1-2 e CIX/2-11 ; Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa, manuscritos vermelhos, códices 120, 211 , 350, 505, 907, 909 e manuscritos azuis, 5663; Arquivo Histórico Ultramarino, caixas Macau, dos n.o 14 a 27, e Maços José de Torres, 540; Biblioteca da Ajuda, Lisboa, códices 50.1 .66 e 54-X-19; ABREU, António Graça de, D. Frei Alexandre de Gouveia, Bispo de Pequim, (Lisboa, 2004); GUIMARÃES, Ângela, Uma Relação Especial, Macau e as Relações Luso-Chinesas, (Lisboa, 1996); MÚRIAS, Manuel, Instrução para o Bispo de Pequim e outros documemos para a História de Macau, (Lisboa, 1943).
No dia 6 de Julho de 1850, após 39 dias de Governo da Colónia, faleceu, vítima de cólera que se manifestou apenas 8 horas antes, aos 49 anos de idade, o Capitão de Mar-e-Guerra Pedro Alexandrino da Cunha, que tomara posse em 30 de Maio, sendo sepultado na Capela do Cemitério de S. Paulo. A cidade de Luanda erigiu-lhe uma estátua, comemorando os relevantes serviços que ele prestara a Angola, onde exercera o cargo de Governador Geral. Apesar de um curto período de serviço em Macau, foram-lhe reconhecidos um bom impulso ao negócio local e a determinação de alcançar um clima pacífico no dia-a-dia.
Conselheiro Francisco António Gonçalves Cardoso foi Governador de Macau desde 6 de Julho de 1850, altura em que recebeu o poder das mãos do Conselho de Governo, que substituira o Governador Pedro Alexandrino da Cunha, entretanto falecido, a 3 de Fevereiro de 1851. Poucos elementos há sobre este Governador. Sabe-se, apenas, que mandou ocupar a Taipa Quebrada, em 1851.
No dia 6 de Julho de 1857, tendo sido transferida para o Convento de Sta. Clara a escola de meninas que funcionava no Convento de Sto. Agostinho, foi este transformado em Hospital Militar até 1872, ano em que foi construído o Hospital Conde de S. Januário. O Convento foi depois comprado por Artur Basto que o transformou em sua residência. Com a sua morte, foi adquirido pela Companhia de Jesus que, depois de obras recentes de completa remodelação, ali se encontra instalada.
Por Alvará de 6 de Julho de 1882, José Alberto Homem da Cunha Corte Real, Secretário-Geral do Governo, servindo de Governador na ausência deste, concede licença ao chinês Pun-Lai-San para estabelecer uma fábrica de fiação de seda no Patane, movida por máquina a vapor. Foram ouvidas várias entidades, entre elas o Chefe do Serviço de Saúde, e todas emitiram pareceres favoráveis, avançando entretanto, com algumas condições, como era hábito nestas circunstâncias. (Cfr. Boletim da Província, 1882, n.º 27, pág. 221 e 222). O assunto fora, de resto, objecto de Decreto regulamentar já de 21 de Outubro de 1863.
No dia 6 de Julho de 1882, o número de leprosos em Pac Sa Lan, na Ilha de D. João, é de 40 homens solteiros e 7 casados (sem as mulheres). As mulheres leprosas são 18 e foram admitidas já com a doença; 2 são casadas mas não estão com os maridos, 11 são solteiras, 5 são viúvas e 4 destas entraram já viúvas, trazendo consigo duas filhas menores (ao que parece pela simples soma de dados, não portadoras da doença). É-lhes proibida cohabitação, mas é “impossível evitar que tenham correspondência”. Os lázaros cultivam uma várzea para sua ocupação e sobrevivência. No dia 28 de Julho do corrente ano, é regulada a admissão de lázaros no depósito de Pac Sa Lan, e determinadas medidas com respeito aos encontrados nas ruas. Determinado que o depósito destinado a indivíduos do sexo masculino seja completamente separado dos das mulheres.
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