Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
Os termos e serviços do website “Memória de Macau” já foram atualizados. Clique >>consultar para conhecer o novo conteúdo. O contínuo de uso significa que os aceitou. Em caso de dúvida, seja bem-vindo de contactar connosco.
O projecto “Memória de Macau” foi galardoado com “Estrela de Descobrimento” do “Prémio Global 2024 para Casos Inovadores em Educação do Património Mundial (AWHEIC)”.
Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
>>Ir à exposição
Em 1641, 'consta” que os moradores de Macau souberam da aclamação de D. João IV por um navio inglês que foi comerciar a Cantão. Sem esperarem confirmação deram-se à exteriorização da sua alegria. Procuraram de todos os modos expulsar todos os espanhóis e famílias, que ali tinham “avultados negócios”. Os festejos cresceram quando confirmados. Os moradores portugueses “fizeram a El-Rey N. Sr.” um donativo grande em dinheiro, que logo mandaram para Lisboa com “200 pessas de Artelharia de bronze” e muitas munições, tanto para Portugal como para Goa. (Cfr. Manuscrito do Bispo Saraiva – V. A Colecção De Vários Factos Acontecidos Nesta Mui Nobre Cidade de Macau”. Ed. Boletim Eclesiástico da Diocese. Macau, 1964. Reedição - Instituto Cultural de Macau, Macau, 1987.) Em 1642, Macau promete lealdade ao novo rei, D. João IV, a quem envia, para a guerra da Restauração, 200 peças de artilharia em bronze, fundidas em Macau. No dia 31 de Maio de 1642, tendo chegado à cidade de Macau a notícia da aclamação de D. João IV, trazida pelo macaense António Fialho Ferreira, Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Capitão-Mor nos Mares da Índia, o Senado, reunido em conselho geral do povo, lavrou termo de aceitação e obediência ao novo soberano; em consequência, resolveu fazer imponentes festas que começaram desde logo a ser organizadas. [Por não possuir outra versão, socorre-se a A. da transcrição do trabalho compilado por J.M. Braga em 1942 com o nome de “Cidadãos de Macau ao tempo da Restauração”. A transcrição mencionada encontra-se em Apêndice à obra de C. R. Boxer, Seventeenth Century Macau, p. 185 e segs.] Assina este termo do Senado, entre outros, o “reinol asiatizado” Jorge Pinto de Azevedo, autor de um curioso texto: de “experiências feito”, dirigido a D. João IV, sobre o mundo oriental português. Sob o título de “Advertências” e “Queixumes”, interessa especialmente a Macau o desenrolar do capítulo X a XV. (Cfr. op. cit., fl. 20 v. a 28). Poderá interessar a alguns investigadores, e por isso se enumeram, alguns dos produtos que se transaccionam em Macau e nos circuitos adjacentes: seda crua ou batida e retrós, roupa branca de linho (nonos e cangas), louça, ouro e prata, almíscar, rubis, mantos, azougue (mercúrio), vermelhão, drogas da Índia, arroz, sal, açúcar, betre (betela para mastigar, com areca dentro), aljôfre, madeira de construção e cromáticas (sândalo), tutunaga (cobre), lancoa (rizoma para conservas farmacêuticas, etc.).V. Registo seguinte, sublinhando a mesma obra. No dia 20 de Junho de 1642, foram jurados e solenemente aclamados com pompa e festa de dois dias, em Macau, El-Rei D. João IV e o Príncipe D. Teodósio, seu herdeiro presuntivo. Era Capitão-Geral desta praça D. Sebastião Lobo da Silveira, em cujo governo, de 1638 a 1645, terminou o comércio com o Japão, tendo a missão enviada para esse país para conseguir o seu restabelecimento sido quase toda exterminada.
BOWRING, SIR JOHN (1792-1872). Filho mais velho de Sarah Jane Ann Lane e de Charles Bowring, mercador unitário inglês, John Bowring torna-se também mercador, além de diplomata e escritor. Desde novo, enquanto funcionário de uma firma comercial, demonstra uma enorme aptidão para as línguas estrangeiras, dominando cerca de seis idiomas, entre os quais o português e o chinês, viajando frequentemente por razões comerciais, nomeadamente a Lisboa (1815). O diplomata é defensor do comércio livre, político Whig, amigo do ministro dos negócios estrangeiros inglês, George Villiers, e secretário pessoal de Jeremy Bentham, que conhecera em 1821, e que financia a sua Westminster Review e o recomenda, em termos profissionais, nesse mesmo ano, ao ministro português da Justiça. Após ter sofrido enormes prejuízos comerciais em 1847, em 1849 Bowring é nomeado cônsul inglês em Cantão por Lord Palmerston, tendo-se familiarizado rapidamente com as especificidades quer do China Trade quer da cultura chinesa, enquanto luta pelo alargamento dos direitos defendidos no Tratado dos Portos sino-britânico assinado após a primeira Guerra do Ópio. Com o início da revolta dos Taiping 太平, e face ao assassinato do governador João Maria Ferreira do Amaral, diversos portugueses emigram para Hong Kong, mas uma parte da comunidade inglesa refugia-se em Macau, onde o diplomata redige, provavelmente em 7 de Julho de 1849, no álbum do Conselheiro Lourenço Marques, o “Sonnet to Macao”. Em 1852, Sir Samuel George Bonham, ausenta-se de Hong Kong (1852-1853) e Bowring, aos sessenta e dois anos de idade, é nomeado ministro plenipotenciário, governador da colónia e superintendente do comércio inglês durante esse período, tendo sucedido oficialmente a Bonham dois anos depois, em Abril de 1854, após uma curta viagem a Inglaterra durante a qual recebe o título de Sir. Em Hong Kong, o português J. M. D’Almada e Castro é proposto para o cargo de secretário-geral do Secretariado Colonial, o que não acontece devido à oposição da comunidade inglesa em entregar um cargo tão importante a um residente não britânico. O governador planeia a construção de uma estrada ao longo da marginal do território, desde Navy Bay até Causeway Bay, projecto denominado “praia”, em honra da acção e influência dos portugueses no delta do rio das Pérolas, e, em 1854, é formado um grupo de 127 voluntários para defesa do território dos quais dezasseis são portugueses, o que demonstra a importância, empenho e estatuto da comunidade lusófona emigrada de Macau durante o período de formação da colónia britânica, nomeadamente durante a administração de Bowring. O diplomata demite-se em 1859 e volta a Inglaterra para casar, mais uma vez, aos sessenta e oito anos de idade e escrever sobre o Oriente. De acordo com alguns biógrafos do poeta, a cruz no topo da fachada das ruínas de São Paulo inspira os versos iniciais de um dos seus mais famosos hinos religiosos, que referem “a cruz de Cristo”. O escritor publica algumas das suas poesias na revista The Chinese Repository (Cantão, Outubro de 1851), a par de obras como “Some Account of the State of the Prisons in Spain and Portugal”, Pamphleteer, Londres, 1813, e The Kingdom and People of Siam (1853). Durante a sua estada em Hong Kong, Bowring visita várias vezes Macau, con¬tacta com a administração portuguesa e escreve sobre o pitoresco enclave, refúgio e casa oriental dos ingleses desde o século XVII até à fundação de Hong Kong. O diplomata-poeta redige ainda o já referido “Sonnet to Macao”, gravado numa lápide na Gruta de Camões em Macau, datado erroneamente de 30 de Julho de 1840, pois nesse ano Bowring ainda não tinha partido para o Extremo Oriente. Bibliografia: AAVV., Memoria dos Festejos Celebrados em Hong Kong por Occasião do Tricentenário do Principe dos Poetas Portuguezes Luiz de Camões, (Hong Kong, 1880); AA. VV., “Album da Gruta de Camões Copia Enviada à Sociedade de Geographia de Lisboa pelo Governo de Macau por Occasião de se Preparar a Reunião do Congresso Internacional dos Orientalistas em Lisboa (1892)”, in Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa, 12.ª série, n.°2, (Lisboa, 1893), pp. 81-100; BARTLE, G. F., “The Political Career of Sir John Bowring (1793-1872) between 1820 and 1849”, Dissertação de Mestrado, (Londres, 1959); BOWRING, John, in BOWRING, Lewin B. (ed.), Autobiographical Recollections of Sir John Bowring (Londres, 1877); BRAGA, J. M., Hong Kong and Macao: A Record of Good Fellowship, (Hong Kong, 1960); DYSON, Verne, “A Hong Kong Governor and his Famous Hymns”, in The Macao Review, vol. 2, n.° 2, (Macau, Agosto 1930), pp. 48 e 69; ENDACOTT, G. B., A History of Hong Kong, (Hong Kong, 1977); PUGA, Rogério Miguel, “Macau na Poesia Inglesa: Sir John Francis Davis; Sir John Bowring; W. H. Auden; Gerald H. Jollie e Alexandre Pinheiro Torres”, in AMARO, Ana Maria; MARTINS Dora (coords.), Estudos Sobre a China VII, vol. 2, (Lisboa, 2005), pp. 847-882; TEIXEIRA, Padre Manuel, A Gruta de Camões (Macau, 1999); YOUINGS, Joyce (ed.), Sir John Bowring 1792-1872: Aspects of his Life and Career, (Plymouth, 1993).
No dia 7 de Julho de 1850, tomou posse do governo o Conselho Governativo, constituído por D. Jerónimo José da Mata, Bispo da Diocese; José Bernardo Goularte, Presidente do Leal Senado; Lourenço Marques, Procurador da Cidade; João Maria de Sequeira Pinto, Juiz de Direito da Comarca; Isidoro Francisco Guimarães, Comandante da Estação Naval; Tenente-Coronel João Tavares de Almeida, Comandante do Batalhão Nacional; e António José de Miranda, Secretário do Governo.
Em 7 de Julho de 1909, foi lançada à água em Kowloon (Hong Kong), após montadas as peças fabricadas em Glasgow (Inglaterra) pela casa Yarrow, a lancha-canhoneira Macau, que veio a ser vendida ao Japão, a 12 de Março de 1943, por necessidades económicas que a guerra ditou. (In: Missão Na China. Diário do Comissário Régio Joaquim José Machado Nas Conferências Luso-Chinesas Para A Delimitação De Macau (1909-1910). Apresentação e Introdução Histórica de António Vasconcelos de Saldanha / Leitura de Manuscritos e Introdução Literária de Carmen M. Radulet. Fundação Macau - Centro de Estudos das Relações Luso-Chinesas. Macau, 1999, p. 144).
Mais
Caros membros do website "Memória de Macau", olá!
Agradecemos o vosso apoio e confiança ao longo do tempo ao website de Cultura e História "Memória de Macau". A fim de otimizar a qualidade dos serviços a prestar aos membros e proteger os seus direitos e interesses, será implementada, oficialmente, uma nova versão dos "Termos e Serviços" que entrou em vigor a 28 de Abril de 2025. Por favor, leiam o texto completo da versão actualizada. O conteúdo pode ser consultado aqui:
👉 Clique aqui para tomar conhecimento da versão actualizada dos "Termos e Serviços"
Li, concordo e aceito o conteúdo actualizado dos "Termos e Serviços".
Caso tenha alguma dúvida sobre a versão atualizada, não hesite em contactar-nos.
Agradecemos o vosso contínuo apoio e confiança. O website de Cultura e História "Memória de Macau" continuará a prestar serviços aos seus membros de forma segura e conveniente.
Com os melhores cumprimentos,
Website de Cultura e História "Memória de Macau"
Data de actualização: 28 de Abril de 2025
Instruções de uso
Já tem a conta da "Memória de Macau"? Login