Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
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As relações de Macau com Damão datam dos meados do século XVIII. António Francisco Moniz, autor do livro “Notícias e Documentos para a História de Damão” , menciona que, em 1758, o Conde de Ega, Vice-Rei e Capitão General do Estado da Índia , recebe uma mensagem do Rei de Portugal, datada de 20 de Março de 1758, abolindo a escravatura dos chinas em Damão. Essa Lei, que foi posta em vigor pelo Conde de Ega em 1 de Outubro de 1758 dizia que os chins ou chinas de hum e outro sexo não fossem cativos, antes livres. Havia, portanto, uma ligação entre Macau e Damão. Praticamente, as relações comerciais entre Macau e Damão só tiveram início a partir do começo do século XIX. Damão, uma cidade antiga, data do século II. E, segundo a antiga e verídica tradição, o Rei Scita Rudra Daman, depois de conquistar o Concão ao seu sogro, o Rei Andra Palumaio, fundou nos meados do século II a cidade de Daman ou Damão , nas margens do rio Damanganga. Imperando Chandragupta II, o lendário vicramadita, foi Damão incorporado, no século IV no seu império, tendo, mais tarde, passado ao domínio de vários rajas (reis) , o último dos quais foi o Rei de Cambaia que tinha a sua sede em Ahmedabad. Não podendo este rei combater os seus numerosos inimigos, convidou, para o auxiliar os abexins, e estes, conhecendo a utilidade do seu belo porto e as suas especiais condições topográficas da cidade, apoderaram-se dela, construíram uma fortaleza e tornaram-se independentes. Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, em 1498, por Vasco da Gama, abriu uma nova rota marítima comercial entre a Europa e o Oriente. Mas só depois, 25 anos mais tarde, é que os portugueses, numa das suas viagens para Ormuz, chegaram a Damão, em 1523. Nessa altura o porto de Damão, situado nas proximidades do Golfo de Cambaia, era um dos centros mais importantes de troca de mercadorias e de comércio. Naturalmente, os portugueses apercebendo-se da imporância e das facilidades do ponto estratégico deste porto, que podia abrigar navios de alto bordo, queriam conquistá-lo. Mas só em 1559 é que D. Constantino de Bragança, Vice-Rei da Índia, a conquistou definitivamente, passando assim sobre o domínio português. As relações comercias que Damão entretinha em épocas de maior grandeza com a costa oriental da África, para onde exportava anualmente grande quantidade de estofos de algodão fabricados nas suas tecelanias, datam do inicio do século XIX. Foi durante este peróodo, i.e. de 1817 a 1837, que Damão manteve uma ligação comercial com Macau, devido ao comércio de ópio que era importado em grande escala de Karachi (um porto comercial de Paquistão, colónia Inglesa), e reexportado para Macau. Nessa altura, viamse fundeados no porto de Damão centenas de navios de várias procedências que vinham buscar o anfião que era destinado para Macau e outros portos da África. Era então oporto de Damão seguro refúgio dos navios que vinham buscar o ópio, e que durante os longos meses da monção satisfazia, pelo seu fácil acesso, as exigências da navegação ecomércio. Muitos comerciantes de Damão participavam nesse negócio. Em 29 de Abril de 1823, um dos navios com carregamento de anfião para Macau era comandado pelo Capitão Ãngelo António Fernandes. O anfião ou ópio, um suco extraído das cápsulas de diversas espécies de papoila e particularmente da espécie “papeversomniferum” que tem propriedade narcótica, era transportado de Damão, de Cambaya, Jambuceira, Jafrabad, Malva, Cutch, e ultimamente de Karachi, e reexportado para“Macau”, Alibag e Malaya. Cada caixa, geralmente,era do peso de um pico ou picul, que correspondia a 4 arrobas ou 128 arráteis. Os primeiros negociantes que introduziram o anfião em Damão, foram o baniane Mulchande Irá de Damão e Faustino Coelho dos Santos, capitão e sobrecarga do navio “Príncipe Regente”, construído no estaleiro de Damão no ano 1817. O preço do anfião por pico era de, primeira sorte, 1.420 rupias (moeda que circulava naquela altura em Damão);segunda sorte, 1.100 rupias; e terceira sorte, 400rupias. O peso era regulado por pico,arroba e arráteis.O ópio foi importado em Damão pela primeira vez em 1817. O navio“Castro”foi o primeiro barco que levou esta droga do porto de Damão para Macau. A lei reguladora para a cobrança dos direitos sobre o anfião em Damão era o Alvará de 26-5-1812. O anfião não era exportado das possessões inglesas. O ofíciodo juiz da alfândega de Damão,João Francisco Xavier da Costa e Menezes, de 3-6-1823, diz o seguinte:“… não sendo porém aplicáveis estas considerações ao género anfião porque apenas sendo importado pela primeira vez para ser exportado para Macau, e mais portos e não sendo bem assim comprehensível este dito género entre os artigos ou manufacturas do sdomínios britânicos, vem a ser precisamente indispensável queV. Senhoria. prescreva a extensão que devo dar à palavra re-exportação, bem como a que por cento se deverá liquidar os direitos deste dito artigo sendo despacho por importação, ex- portação ou re-exportação”. Só em 1838 é que a Companhia Inglesa das Índias Orientais, que dominava o porto de Karachi, proibiu a exportação do ópio para o território de Damão, e, assim,as relações comerciais que Damão mantinha com Macau, cessaram. [A.F.] Bibliografia: MONIZ, António Francisco, Notícias e Do- cumentos para a História de Damão, vol. II., (Bastorá, 1904); PIMENTEL, Jayme Pereira de Sampaio Forjaz de Serpa, O Distrito de Damão–Apontamentos de uma Administração Colonial, (Lisboa, 1892).
No dia 2 de Maio de 1880, exposição nas salas do Leal Senado da Câmara de artefactos, produtos industriais e outros objectos desta Província, a enviar ao Museu Colonial de Lisboa e à Universidade de Coimbra. Estiveram presentes na abertura da Exposição o Governador, o Bispo da Diocese, o Presidente do Leal Senado, Senhoras, cônsules estrangeiros, autoridades, funcionários e muito público indiferenciado. O Secretário- Geral, José Alberto Corte Real leu o Relatório que acompanhou as peças ao seu destino; o advogado António Joaquim Basto Jr. discursou e terminou propondo a criação,emMacau,de um Museu Municipal. O Cônsul de Espanha, D. Henrique Gaspar, discursou também. O Governador declarou aberta, em seguida, a Exposição que, independentemente das quantidades, contava com 578 itens diferentes.
O Conde Bernardino de Senna Fernandes faleceu na Sé a 2 de Maio de 1893. Nascido em St. António a 20 de Maio de 1815, é da terceira geração da família macaense 'Senna Fernandes' de Macau. Opulento negociante da praça de Macau e um dos 40 maiores contribuintes da cidade, durante anos sucessivos. Teve uma brilhante carreira política, económica e social, afirmando-se como um dos mais influentes cidadãos de Macau do seu tempo. Em 1847 fez parte, como 1º sargento, da 1ª Companhia do Batalhão Provincial de Macau. A partir de então, sucedem-se os cargos e as distinções, a saber: comandante da Guarda da Polícia (14.10.1857), major honorário (18.7.1861), cônsul do Sião (24.1.1863), comendador da Ordem de Cristo (10.3.1865), comendador da Ordem do Elefante Branco (26.12.1867), cavaleiro da Ordem da Torre e Espada (6.2.1869), fidalgo-cavaleiro da Casa Real (30.1.1871), medalha de prata do mérito, filantropia e generosidade (30.1.1871), cônsul de Itália (20.6.1886). Foi sócio fundador de Associação Promotora da Instrução dos Macaenses. 1º Barão de Senna Fernandes, por carta de 31.1.1889, elevado a visconde, por carta de 17.4.1890 e elevado a conde (em duas vidas), por decreto de 31.3.1893. Figura poderosa e polémica foi, naturalmente, alvo de invejas e acusações de toda a ordem, sobre as quais se torna difícil, hoje me dia, tecer um juízo de valor. Seja como fôr, ele próprio entendeu defender-se e publicou o folheto Um apelo ao publico imparcial, Macau, Typ. Popular, 1869, 24 p., no qual apresenta uma série de documentos comprovativos dos altos serviços prestados à Província. Um grupo de importantes comerciantes chineses, deliberou mandar erigir-lhe uma estátua de corpo inteiro, que foi inaugurada em Março de 1871, num terreno ajardinado do outro lado da rua, oposto da Monumento da Vitória, com a seguinte legenda em letras de bronze: «Esta Estátua foi mandada erigir por / Lu-Cheo-Chi, Cham-Hau-in, Ho-Liu-Vong / e outros Negociantes Chineses de Macau/ Em Testemunho de Amizade e Gratidão». Quando a família Senna Fernandes construiu a Vivenda Caravela na Avenida da República, colocou a estátua no jardim fronteiro à casa, sendo daí retirada quando a casa foi alugada para um restaurante. Nessa altura a estátua foi oferecida ao Governo, que a mandou colocar no jardim do Museu Luís de Camões, hoje seda da Fundação Oriente em Macau.
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