Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
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O padre Matteo Ricci, o mais destacado jesuíta do período inicial da missionação europeia na China, nasceu em Macerata, no distrito de Ancona, Itália, em 6 de Outubro de 1552. Estudou Direito em Roma e em 1571 entrou no noviciado romano do colégio da Companhia de Jesus. Aí começou a antever a possibilidade de partir como missionário para a Índia ou para a China. Para missionar no Extremo Oriente ao serviço do Padroado Português, viajou para Portugal em 1577, tendo estudado durante quase um ano em Coimbra. Em Março de 1578, antes de embarcar rumo a Goa na nau S. Luís, Matteo Ricci e outros companheiros de missão que com ele partiam para o Oriente foram recebidos em audiência na corte portuguesa pelo jovem rei D. Sebastião. Em Setembro de 1578, Matteo Ricci chegou a Goa, terminou os estudos de Teologia em Cochim e foi ordenado em Cochim em 1580. Era altura de viajar para a China. Em Abril de 1582 estava em Macau, a convite do padre Valignano, onde se iniciou no estudo da língua chinesa, e em Setembro de 1583 entrava finalmente na grande China, na companhia do seu compatriota Michele Ruggieri. Começaram por se fixar em Zhaoqing 肇慶, importante cidade da província de Guangdong 廣東, 80 quilómetros a noroeste de Macau. Aí construíram uma residência e uma capela, dando início à difícil evangelização no Império do Meio. Superiormente inteligente, o padre Ricci interessou-se pelo estudo da cultura chinesa e entendeu que um conhecimento profundo da China clássica e uma adaptação aos ancestrais costumes chineses ia ajudar o trabalho dos missionários católicos. Estabeleceu um bom relacionamento com os mandarins que acreditava poder converter. Enquanto o padre Ruggieri iniciava a elaboração de um catecismo em chinês, Matteo Ricci mostrava os seus conhecimentos de matemática e geografia adquiridos em Roma. Desenhou um novo mapa-mundo e concebeu uma série de esferas celestes e relógios de sol que interessaram vivamente os letrados chineses, o que lhe valeu a fama de homem sábio e astrónomo. Mudou o seu apelido italiano para chinês, passando a ser conhecido por Li Madou 利瑪竇, nome por que é ainda hoje famoso na China. Não foi fácil a permanência de Ricci em Zhaoqing 肇慶, sobretudo pela estranheza e hostilidade de alguma população chinesa face aos estrangeiros. Em Agosto de 1589, acompanhado do padre António de Almeida, fixou-se na cidade de Shaozhou 韶州, actual Shaoguan 韶關, no norte da província de Cantão (Guangdong 廣東), onde continuou o seu brilhante labor de missionário. Em 1594, o padre Lázaro Cattaneo juntou-se-lhes e Ricci começou a perspectivar a viagem e fixação em Pequim (Beijing 北京). Entretanto, entendendo a importância dada ao mandatrinato na sociedade chinesa, os jesuítas decidiram mudar as roupas que usavam, trocando o traje de bonzo pela cabaia de mandarim. Em 1595, na companhia de um grande mandarim militar, Matteo Ricci tentou a viagem para a corte chinesa. Não passou de Nanquim, mas esta primeira tentativa de entrar no coração do império possibilitou-lhe o contacto com vários mandarins importantes. Tornava-se conhecido, respeitado e admirado. Acabou por conseguir fixar-se na grande cidade de Nanchang 南昌, capital da província de Jiangxi 江西, alargando assim o espaço de missionação e as possibilidades de expansão do cristianismo na China. A partir de Macau, foi nomeado superior geral das missões na China o que lhe dava mais poderes na gigantesca tarefa de evangelização do império. Em 1598, o mandarim Xu Guangqi 徐光 啟, um dos grandes de Nanchang 南昌 e amigo de Matteo Ricci que ele próprio haveria de converter ao catolicismo, foi nomeado presidente do Li Pu (Libu 禮部), o Tribunal dos Ritos na corte chinesa. Ricci acreditou estarem reunidas as condições para seguir para Pequim (Beijing 北京) onde poderia contar com a protecção do novo ministro. O jesuíta italiano iniciou nova viagem, que o levou a Nanjing 南京, Pequim (Beijing 北京), Zhenjiang 鎮江 e Suzhou 蘇 州. Nesta altura não conseguiu instalar-se na capital do império, o que só aconteceria em 1601, quando, na companhia do padre Diego Pantoja, espanhol, passou a viver definitivamente em Pequim (Beijing 北 京). Os presentes que levara para o imperador – relógios, pinturas religiosas a óleo, pirâmides de vidro cromáticas, espelhos e mapas – foram bem aceites e Ricci entrou na corte como relojoeiro e geógrafo. Falava perfeitamente o chinês, conhecia os clássicos do velho império, era educado e sociável, e o imperador Wanli 萬歷 estimava-o. Os mandarins da corte acolhiam-no com curiosidade e respeito. Por doação imperial, Ricci conseguiu um terreno junto à porta Xuanwumen 玄武門 para construir uma residência e uma pequena capela. A semente deu fruto e aí se ergue hoje a velha igreja de Nantang 南堂 ou da Imaculada Conceição, durante três séculos a catedral de Pequim (Beijing 北京). A China dos Ming 明 parecia ser diferente do Cataio descrito por Marco Polo (1254-1324) no seu Livro. Mas Ricci já entendera que se tratava do mesmo território e que Khanbalik, a capital dos mongóis, era esta Pequim (Beijing 北京). Outro jesuíta, o irmão açoriano Bento de Goes, partira de Lahore – na altura uma importante cidade da Índia, hoje pertencente ao Paquistão –, na longa viagem por terra para tentar provar que o Cataio e a China do Norte eram um só e mesmo império. Em 1606, ao ter conhecimento que o padre Bento de Goes estava muito doente em Jiayuguan 嘉裕關 (ou Suzhou 肅 州) ou Suchau, como aparece nos textos da época), no extremo oeste da Grande Muralha mas já em território chinês, Matteo Ricci enviou-lhe um emissário católico chinês de nome Fernando, que lhe assistiu aos últimos dias e o confortou com a certeza da tese que justificara tão trabalhosa viagem, a China do Norte era o antigo Cataio. Em Pequim (Beijing 北京), Matteo Ricci continuou o seu labor de missionário, e os relógios que construía e consertava – e tinham a particularidade de bater as horas, algo até então desconhecido na China – mais os seus vastos conhecimentos de astronomia e geografia, davam dele cada vez mais, aos mandarins e letrados da corte, a imagem de um estranho homem sábio do Extremo Ocidente. Ricci continuava entretanto a redacção dos seus muitos textos em chinês, destinados à divulgação do catolicismo. Compôs, na sua bonita caligrafia, o primeiro dicionário chinês-português – recentemente editado em Macau. Nos textos didácticos e de formação religiosa, adaptava habilmente a terminologia usada nos cânones e catecismos da religião de Cristo aos poderosos conceitos e expressivos caracteres utilizados nos clássicos de Confúcio. Na prossecução do labor que tinha por fim último a divulgação do Evangelho, conseguia algo que continua a ser fundamental, a aproximação e entendimento de mentalidades e culturas tão diferentes entre gentes que quase tudo conheciam de forma diversa mas que, como o jesuíta italiano bem sabia, tinham um coração semelhante que batia e respirava em uníssono com o de todos os homens existentes debaixo do céu. As pequenas cristandades na China começaram a crescer e foi Ricci o primeiro grande responsável pela imensa seara chinesa. Ao entardecer do dia 11 de Maio de 1610, Matteo Ricci falecia na residência junto à porta de Xuanwumen 玄武門. Antes de morrer queimou o seu diário pessoal e pediu aos seus companheiros de missão que mostrassem sempre caridade e benevolência para com os novos missionários chegados da Europa. Disse-lhes “deixo-vos outros perigos e outros trabalhos”. Foi enterrado no cemitério de Zhalan 柵欄, junto à muralha oeste da cidade de Pequim (Beijing 北京), num lugar que, apesar das muitas vicissitudes por que passou, se tornou ao longo dos séculos a última morada dos mais brilhantes e humildes missionários europeus na China. [A.J.G.A.] Bibliografia: É vastíssima a bibliografia sobre o padre Matteo Ricci. Logo após a sua morte, alguns jesuítas que lhe sucederam no trabalho missionário, homens como Nicolas Trigault, De Ursis ou Álvaro Semedo, escreveram largamente sobre a sua vida. Os seus trabalhos em italiano e em chinês foram sendo pouco a pouco conhecidos. Já na segunda metade do século XX, os Institutos Ricci em S. Francisco, em Paris, em Roma, recentemente em Macau, no seu trabalho editorial de divulgação e ensino têm perpetuado a memória do seu patrono. Registamse aqui apenas alguns títulos de importantes obras sobre Ricci: CRONIN, Vicent, The Wise Man from the West, (Nova Iorque, 1955); D’ARELLI, Francesco, Matteo Ricci – Lettere, (Macerata, 2001); DEL GATTO, Maddalena, Matteo Ricci, Della Entrata della Compagnia di Giesú e Christianitá nella Cina, (Macerata, 2000); D’ELIA, Pasquale, Fonti Ricciane, 3 vols., (Roma, 1942-1949); SPENCE, Johnathan, The Memory Palace of Matteo Ricci, (Londres, 1985); TEIXEIRA, Padre Manuel, Macau e a sua Diocese, vol. XIII, (Macau, 1977).
Doutor em direito civil e eclesiástico, missionário. Muitos autores, deslumbrados com a figura de Matteo Ricci, esquecem o valor de Ruggieri e de Pantoja. Pompílio Ruggieri, chamado Miguel desde o seu ingresso na Companhia de Jesus, a 28 de Outubro de 1572, nasceu em Sipazzola, Apúlia (aliás, Cápua), em 1543. Durante doze anos, estudou direito civil e canónico e (como refere um documento da época) “tinha sido ouvidor em Nápoles; e porque D. João d’Austria mandou enforcar em Nápoles a hum ouvidor seu companheiro por prender a hum homiziado – non obstante ter D. João dado perdão a todo homiziado que se quisesse achar na batalha naval – o Padre, com este exemplo cortado, deixou o mundo, entrou na Companhia [em 1572] onde estudou teologia [ano e meio]. Alcançou-lhe o padre Everardo despensação da irregularidade da justiça”. Ordenouse sacerdote, a 24 de Março de 1578, pouco antes de partir para o Oriente com Ricci, Pasio e Rodolfo Aquaviva. O visitador Valignano pediu um jesuíta para iniciar a missão da China, e o provincial Rui Vicente notificou Ruggieri, a 12 de Abril de 1579. Chegou a Macau por volta de 20 de Julho de 1579, duas semanas depois de Valignano ter partido de Macau para o Japão (7 de Julho de 1579). O então estudante Francisco Pires, que chegou a Macau, em Julho de 1581, com Pedro Gómez e outros jesuítas, deixou escrito, nas suas memórias, Pontos do que me alembrar, o seguinte: “Achamos aqui [em Macau] mais o padre Miguel Rogério, da missão da China, napolitano […]. Pedindo o padre visitador Alexandre [Valignano] daqui ao padre provincial [da Índia] hum padre pera aprender a língoa china, o provincial o mandou pera isso embarcar em Cochin na nao de D. Miguel da Gama, anno de 79. Logo aqui, com esmolas que lhe derão os portugueses, fez huma Casa de Catecúmenos […]. Fez logo hum cathecismo que lhe fez en letra china hum letrado christão que aqui fez [cristão], o qual, tendo esperança de num exame alcançar grao, permitio Deus (parece que pera lhe dar o de cristão) que o não alcançasse. Do que a molher desesperada se enforcou, e elle, envergonhado, deixando a casa se encontrou com o padre, que o recebeo beninamente. Esteve por mestre alguns annos. Mandou o padre emprimir o Cathecismo en letra sínica, que logo foi espalhado pola China, à fama do qual vinhão muitos ter com o padre quando hia com os portugueses a Cantão. Eu fui huma feira com elle. Deu-lhe o Aitão huma casinha com hum páteo no campo dos siames, onde estivemos dous meses que durou a feira. Aqui dizia missa aos portugueses. Gastava o tempo em aprender a língoa sínica e satisfazer as dúvidas dos letrados que lhe vinão pôr, movidos do Cathecismo. Andava buscando modo pera ficar lá huma vez de asento, mas não foi por então posível. Tornou o Dezembro de 81 com os portugueses para Macau”. Pedro Gómez, por sua vez, pouco depois de chegar a Macau, escreveu ao geral Mercuriano, misturando o espanhol com o português: “O padre Miguel Rugerio, napolitano, que V.P. mandó a la India, está aqui de asiento por orden del padre visitador [Valignano], desocupado de todos los negocios, para que todo se dê a aprender las letras y lengua de la China […]. Está aprovechado en la lengua. Sabe ya, según me dixo, algunas doze mil letras; porque los chinas tienen algunas ochenta mil. Es conocido de los mandarines, que son los governadores da China, porque saben que se ocupa en sus letras. Hízose, en un canto del sitio deste collegio, huna casa con sus celdas para los chinas catecúmenos, y en esta casa posa el padre Rugerio con algunos chinas que se hazen christianos; y a todos se da de comer de lemosna. Esperamos en nuestro Señor que lo tomará por instrumento para esta conversión tan deseada de la China, la qual, si se comiença, afirmo a V.P. que en parte ha de hazer olvidar a Japón. 0 padre Rugerio y yo, estos meses que aquí estoy, nos ocupamos em hazer huma breve historia del Principio del Mundo, que sirva juntamente de doutrina christiana, por modo de diálogo, para trasladarla em léngoa de China, a qual alvoroça muito al padre Rugerio, porque le parece que Dios se ha mucho de servir della”. Pedro Gómez participou durante quase dois anos, com Ruggieri na elaboração deste catecismo, anterior ao de Ricci, e, como refere um documento da época, “obra de los padres Pedro Gómez y Miguel Ruggieri para ser traducida a la lengua china”. Foi impresso em Novembro de 1584 e, da primeira tiragem, foram editados 1.200 exemplares. De facto, em 1581 e 1582, Ruggieri foi quatro vezes a Cantão com os comerciantes portugueses. Nestes anos, Ruggieri propôs a Valignano que mandasse vir Matteo Ricci de Goa para a missão da China. Ricci chegou a Macau a 7 de Agosto de 1582. Em Novembro, o tutão de Zhaoqing 肇慶 enviou um mandarinete a Macau para chamar Ruggeri para lhe dar casa. Apresentaramse Pasio, enquanto superior, Ruggieri e Ricci, com ordens de Valignano no sentido de que, se Ruggieri se instalasse, Ricci fosse para o Japão e, em caso contrário, que Ruggieri e Pasio fossem para o Japão e Ricci ficasse na China. Em Maio de 1583, o tutão de Zhaoqing 肇 慶 fê-los regressar a Macau, porque cessava as suas funções de tutão, e recomendou-lhes que se apresentassem ao próximo tutão, seu inimigo que, sem dúvida, os tornaria a admitir para contradizer o seu predecessor. Assim sucedeu: Ruggieri foi para Zhaoqing 肇慶 com Ricci e, no mesmo ano, voltou, por um breve período, a Macau. Em 1585, os padres Duarte de Sande, como superior, e António de Almeida, entraram na China. Sande e Ricci ficaram em Zhaoqing 肇慶, enquanto Ruggieri e Almeida viajavam oito ou nove meses pelo interior da China, deixando fundadas algumas cristandades. Em 1587, Ruggieri, Sande e Ricci foram obrigados a voltar para Macau. Em 1588, o visitador Valignano determinou que Ruggieri regressasse à Europa, para tratar com o Geral da situação da missão chinesa e para preparar uma embaixada pontifícia a Pequim (Beijing 北京). Como refere um documento da época: “Rogerio partió deste puerto de la China en el mes de noviembre del año de 88 para se embarcar en una nave de Portugal que estava en Malaca, para ir a Roma […]; no ubo más que dos dias de tiempo desde que llegó asta se partir la nave [de Malaca]”. De Ruggieri se escreveu então (Outubro de 1586) que tinha 45 anos, com forças normais, mas que estava mal disposto do estômago e com dores de cabeça. Havia sido companheiro do procurador e superior da missão da China. Deve referir-se que Ruggieri foi o verdadeiro fundador da missão chinesa. A sua entrega incondicional à cultura chinesa frutificou na amizade com o mundo das letras e da política e deixou abertas, para Ricci e para os seus companheiros, as portas da evangelização. O seu regresso a Itália foi definitivo, o que representou uma grande perda para a missão da China e um benefício para as letras e as ciências dos estudantes jesuítas de Salerno, onde Ruggiero ocupou várias cátedras, incluindo a das matemáticas. Faleceu, nesta cidade, a 11 de Maio de 1607. [J.R.M.] Bibliografia: D’ELIA, Pasquale, Fonti Ricciane, 3 vols., (Roma, 1942-1949); DEHERGNE, Joseph, Répertoire des Jésuites de Chine de 1552 à 1800, (Roma, 1973) ; SCHÜTTE, Joseph F., Introductio ad Historiam Societatis Jesu in Japponia, 1549-1650, (Roma, 1968).
No dia 11 de Maio de 1716, o Vice-Rei César de Meneses oficia ao Senado, proibindo sob severas penas que os barcos de Macau fossem comprar sândalo nas costas do Mar do Sul, isto é, nas ilhas da Insulíndia; bastar-lhes-ia Timor, de cujo sândalo tinham o monopólio. No entanto, ou porque este não lhes bastasse ou porque o mercado do Mar do Sul lhes ficasse mais em conta, a 27 de Dezembro desse ano, o Senado pede ao Vice-Rei que levante a proibição. Nesse mesmo dia o Vice-Rei comunica ao Senado não ser conveniente que os barcos de Macau vão a Malaca. E só com o Vice-Rei Francisco José de Sampaio e Castro (1720-1723) é que, a 18 de Maio de 1721, foi deferido o pedido do Senado, facultando aos mercadores de Macau o comércio com o Mar do Sul.
No dia 11 de Maio de 1719, Fr. António dos Prazeres, sobrinho do Marquês de Angeja e de D. Rodrigo da Costa, incumbido no seu regresso a Lisboa de alcançar vários benefícios, escreveu ao Senado, anunciando que conseguira: o envio de 120 armas, 300 barris de pólvora e 50 soldados; a nomeação dum embaixador à China, na pessoa de D. Francisco de Alarcão, por ele indicado, e que faria a embaixada à sua custa, em vista da precária situação financeira do reino e da cidade de Macau; e a isenção do pagamento da côngrua do Bispo de Macau. Não conseguiu, porém, que o Governador de Timor fosse provido em morador de Macau.
No dia 11 de Maio de 1833, o Governador Militar dos Estados (sic) da Índia, Fortunato de Mello, em nome da Rainha, manda o Leal Senado tomar medidas para estabelecer em Macau uma Aula de Matemática ministrada por quatro Lentes, com bibliografia tida como “clássica”, a fim de, sem viagens nem mais despesas, preparar ali mesmo os jovens militares.
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