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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
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Filho de Feliciano António Marques Pereira e de Maria Catarina Damásio Ferreira, António Marques Pereira nasceu em Lisboa, no dia 1 de Junho de 1839. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas antes de terminar o curso rumou a Lisboa, iniciando a sua carreira de jornalista e de folhetinista. Colaborou em diversos jornais e revistas como, por exemplo, Rei e Ordem, Arquivo Pitoresco, Revista dos Espectáculos, Revista de Lisboa, Arquivo Familiar e Ilustração Luso-Brasileira. No ano de 1859 deixou Lisboa e embarcou para Macau, cidade a que vai ficar ligada toda a sua vida privada e profissional. António Feliciano Marques Pereira casou em Macau (na igreja de S. Lourenço), no dia 8 de Janeiro de 1861, com Belarmina Inocência de Miranda, filha de António José Maria de Miranda, nome marcante na governação do Território neste período. António Miranda desempenhou o cargo de secretário do Governo da Província entre 1844 e 1851, trabalhando directamente com os governadores Gregório Pegado, Ferreira do Amaral, Alexandrino da Cunha e Gonçalves Cardoso. Uma vez em Macau, António Marques Pereira rapidamente se integrou na vida pública da Cidade. Em Maio de 1860 foi nomeado Superintendente da Emigração Chinesa, cargo que ocupou até ao fim do ano de 1865. No exercer destas funções acabou por acompanhar de perto uma das actividades mais problemáticas da história de Macau oitocentista, isto é, a emigração chinesa. Ao assumir este cargo, António Marques Pereira foi desde logo instruído pelo governador Isidoro Francisco Guimarães (1851-1863) no sentido de elaborar um relatório sobre a emigração chinesa a partir do porto de Macau. Este trabalho, Relatório da Emigração Chinesa em Macau, acabou por ser entregue ao governador em 31 de Julho de 1861 e é hoje um texto fundamental no estudo da questão dos cules. Através da portaria de 31 de Dezembro de 1865, António Marques Pereira deixou o cargo de Superintendente da Emigração Chinesa e foi nomeado Procurador dos Negócios Sínicos. Por uma outra portaria, de 22 de Novembro de 1866, o governador José Maria da Ponte e Horta (1866-1868) constituiu uma comissão para estudar a questão da organização da justiça em Macau, particularmente no que dizia respeito à comunidade chinesa. António Marques Pereira exerceu as funções de secretário relator desta comissão, pelo que lhe coube redigir o seu relatório final que foi entregue ao governador em 21 de Março de 1867: trata-se do texto Relatório Acerca das Atribuições da Procuratura dos Negócios Sínicos da Cidade de Macau. Frequentando os corredores governativos macaenses, facilmente ocupou um espaço de confiança junto dos governadores que passaram por Macau. Em Abril de 1862, participou na missão diplomática que conduziu à assinatura do tratado luso chinês de 1862. Isidoro Guimarães saiu de Macau com destino a Tianjin天津, acompanhado por António Feliciano Marques Pereira (secretário), João Rodrigues Gonçalves (intérprete) e ainda pelo Capitão Jerónimo Osório de Castro Cabral e Albuquerque (ajudante de ordens). Mas em Macau, António Marques Pereira não abandonou o seu gosto pela actividade jornalística e o seu nome vai ficar profundamente ligado à publicação do semanário Ta-Ssi-Yang-Kuo (Daxiyangguo 大西洋國), que esteve em contacto com o público da Cidade, entre 8 de Outubro de 1863 e 26 de Abril de 1866. Fundado por José Gabriel Fernandes, este jornal contou ainda coma colaboração de Pereira Rodrigues, Castro Sampaio, Jerónimo Osório Cabral Albuquerque e José da Silva. Da sua actividade como Procurador dos Negócios Sínicos surgiu uma polémica com o jornal Eco do Povo, em 1869, que terminou com o regresso de António Felicano Marques Pereira a Lisboa. Aquele jornal dirigiu-lhe diversas acusações, o que o levou a demitir-se do cargo de procurador e a defender-se judicialmente nos tribunais de Hong Kong. Aí moveu duas acções, uma criminal e outra cível, contra António José da Silva e Sousa, editor do Eco do Povo, o qual foi condenado a pagar uma multa de $5000 e as custas do processo. A esta polémica que o envolveu com aquele jornal de Hong Kong não terá sido estranha a sua oposição ao último governador que Marques Pereira conheceu em Macau, António Sérgio de Sousa. Oposição que terá tido como principal motivo a questão do estabelecimento das alfândegas chinesas em torno de Macau, a partir de 1868. Aliás, a fim de tornar pública a sua defesa, António Marques Pereira publicou o livro As Alfândegas Chinesas de Macau. Análise do Parecer da Junta Consultiva do Ultramar Sobre Este Objecto (1870). Depois da sua saída de Macau, António Feliciano Marques Pereira ocupou o posto de cônsul de Portugal no Sião (Janeiro de 1875) e Singapura (1876). Em Abril de 1881 embarcou para Bombaim, a fim de exercer as funções de cônsul-geral de Portugal na Índia Britânica, onde faleceu no dia 11 de Setembro desse ano. [A.G.D.] Bibliografia: ALVES, Jorge Santos, “Introdução”, in Ta-Ssi-Yang-Kuo 1863-1866, 3 vols., (Macau, 1995); DIAS, AlfredoGomes, “Ta-Ssi-Yang-Kuo”, in MacaU, (Macau, Outubro de1997 a Dezembro de 1999); JORJAZ, Jorge, Famílias Macaenses, 3 vols., (Macau, 1996); TEIXEIRA, Padre Manuel, Vultos Marcantes de Macau, (Macau, 1982).
Último Regulamento do Governo de Macau sobre Cules, promulgado a 28 de Maio (de 1872). Estabelece a liberdade de emigrar e de ser repatriado no caso de mudar de intenções. No Boletim da Província de 1 de Junho de 1872, n.º 23 é previsto o seguinte em português e chinês: O colono que embarcar, não poderá mais voltar para terra. Havana e Perú ficam na América, o para ir da China a qualquer d'estes dois países, predisa-se pouco mais ou menos de três meses de viagem. Os chinas que se acham n'esta superintendência, devem saber que estão para o fim de emigrar. Aquela que não quiserem emigrar o poderão declarar, em qualquer dos dois dias de exame, sem nenhum receio, na certeza de que poderão livremente voltar para as suas aldeias. O Colono depois de receber o adiantamento e assinar o contrato, fica obrigado a emigrar, por isso que é proviamente avisando. O que não quiser emigrar não assine pois sem reflexão o seu contrato, nem receba o adiantamento.
António Feliciano Marques Pereira faleceu em Bombaim, Índia, a 11 de Setembro de 1881. Nasceu em Lisboa a 1 de Junho de 1839, matriculou-se em 1856 na Faculdade de Direito de Coimbra, mas por motivos particulares desistiu de estudar. Regressou a Lisboa e dedicou-se ao jornalismo, entrando em 1858 para o corpo redactorial do periódico Lei e Ordem de José Bernardo da Silva Cabral, mais tarde Conde de Tomar. Nesse jornal publicou alguns romances em folhetim, ao mesmo tempo, que colaborava no Archivo Pitoresco, Revista dos Espectáculos, Revista de Lisboa, Arquivo Familiar, Illustração Luso-Brasileira, etc. Em 1859 decidiu ir para Macau, onde veio a exercer as funções de superintendente da emigração chinesa e procurador dos negócios sínicos. Em 1862 foi nomeado secretário da Missão Diplomática à Corte de Pequim. Foi o redactor do Boletim do Governo de Macau desde 20.3.1860 até Abril de 1862 e fundou o seminário Ta-ssi-yang-kuo, que se publicou de 8.10.1863 a 22.4.1866. Em 1869 demitiu-se do cargo de procurador dos negócios sínicos para poder defender-se de graves acusações que lhe fazia o jornal O Echo do Povo, que se publicava em Hong Kong. Passado pouco tempo regressou a Lisboa, com seus filhos para os educar em Portugal. Foi então nomeado cônsul de Portugal no Sião e nos Estabelecimentos do Estreito (Singapura e Malaca), sendo mais tarde transferido para as mesmas funções em Bombaim, onde faleceu. Publicou em Macau as seguintes obras: Relatório da emigração chines em Macau, 1864; Relatório das atribuições da procuratura dos negócios sínicos da cidade de Macau, 1867; As Ephemerides comemorativas da história de Macau, 1868; As alfândegas chinesas de Macau, 1870; O Padroado Português na China, 1873.
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