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Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515

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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Baltasar Gago foi missionário, e superior. A inexplicável diferença que oferecem os documentos coetâneos para o ano do nascimento de Gago em Lisboa abarca desde 1507 até 1521. O ano de 1518 pode aproximar-se da realidade. Em 1546, sendo clérigo in sacris, foi admitido na Companhia de Jesus, na sua cidade natal, por Simão Rodrigues. No mesmo ano, ordenou-se sacerdote e talvez tenha dedicado o seu noviciado à continuação dos seus estudos ou aos ministérios, como parece indicar o adiamento voluntário da sua primeira missa e do mês de Exercícios Espirituais até à sua chegada a Goa. Com Gaspar Barzeo e outros jesuítas, partiu de Lisboa no dia 17 de Março de 1548. A sua entrega aos enfermos da nau foi heroicamente superada pelo serviço prestado aos contagiosos do hospital de Moçambique, onde Barzeo encontrou alojamento para os jesuítas. Depois de uma viagem azarada, chegou a Goa no dia 4 de Setembro. Ainda que Gago fosse destinado 'para leer un curso de artes en el colegio' de São Paulo [DI 1 308], não chegou a subir à cátedra, dedicou antes um mês a fazer os ditos Exercícios Espirituais, dirigido por Cosme de Torres e, uma vez estes terminados, celebrou a sua 'misa nova' no dia 28 de Outubro. Em 1550, teve ministérios apostólicos em Cochim e, a 8 de Setembro de 1551, acompanhou como capelão o vice-rei Afonso de Noronha na expedição de Ceilão. Fracassada esta, voltou à Pescaria em missão pastoral, e dali caminhou a pé até Goa. No dia 5 de Novembro de 1551, Xavier chamou-o ao Japão, mas a carta, enviada de Kagoshima, chegou às suas mãos com notável atraso. Recuperada a saúde, deteriorada nas suas andanças pelo sul da índia, no dia 17 de Abril de 1552, partiu a caminho da China com Xavier (que regressou nesse ano) e com os irmãos Fróis, Ferreira, Silva e Alcáçova. A oposição de Álvaro de Ataíde, preconizado governador de Malaca, fez com que Xavier remodelasse o seu plano: Gago, Silva e Alcáçova adiantaram-se na viagem ao Japão e chegaram a 14 de Agosto de à ilha de Tanegashima e, a 7 de Setembro, a Funai (Bungo).O dáimio Otomo Yoshishige acolheu-os com afecto e quis retê-los, mas Gago, precedido por Alcáçova e em seguida por Silva, foi reunir-se en Yamaguchi com o superior Cosme de Torres pouco antes do Natal. No dia 10 de Fevereiro de 1553, entrou novamente em Funai com o irmão João Fernández para dar vigor à nova cristandade iniciada por Xavier. Gago conseguiu um número substancial de conversões, tanto na cidade como na região. O dáimio pagão doou terreno e as suas próprias casas, que primeiro serviram de residência aos missionários e seus ajudantes e depois se converteram no primeiro hospital católico do Japão (cf. Luís de Almeida). Gago teve ao seu cuidado as cristandades de Takata, Kurami, etc., e a longínqua Hirado. Em 1556, foi substituído em Bungo por Cosme de Torres, e Gago centrou-se em Hirado e ilhas adjacentes. Aqui escreveu o primeiro catecismo japonês Nijugo Kagyo, 'Los 25 capítulos'. Em 1557, deixando o seu posto a Gaspar Vilela, foi para Hakata com Guilherme Pereira para fundar outra missão. Na Primavera de 1559, esta cidade e a missão foram destruídas e Gago voltou para Funai, depois de uma odisseia de três meses que o deixou traumatizado e o obrigou a deixar o Japão. No dia 27 de Outubro de 1560, embarcou no junco de Manuel de Mendonça para acompanhar à Índia o também enfermiço Rui Pereira e para preparar uma nova remessa de missionários. As tempestades detiveram-no durante cinco meses na ilha de Hainão e um Inverno em Macau. Chegou a Goa no dia 24 de Abril de 1562. Na Índia - Goa, Chorão, Rachol, Margão, Salsete - passou os seus últimos 20 anos, ainda que, em 1566, tenha pedido ao geral Francisco de Borja para voltar à Europa e tal lhe tenha sido concedido. A doença crónica, agravada pela imaginação, fez com que a sua actividade missionária se reduzisse ao mínimo. Em 1571 e 1572, foi superior do colégio de Chorão e, em 1575, assistiu à Consulta que teve lugar nessa cidade (6-18 de Dezembro). Faleceu em Goa, em data desconhecida, entre 21 de Outubro de 1582 e 5 de Dezembro de 1583, possivelmente no dia 9 de Janeiro. Na vida de Gago há duas etapas: até 1562, era 'muy buen hombre y muy humilde', 'muy antiguo en virtudes, obediente', 'riene buen nombre por sufirmeza en [a vocação à] la Compañía, en las virtudes y en hacer fruto, según dicen los que le trataron'. Foi um missionário cheio de vitalidade e de espírito apostólico. Mais tarde, o seu estado enfermiço e a sua inactividade foram objecto de comentários e foi criticado por procurar um tratamento especial, máximo no que respeita à comida, ainda que fosse reconhecido tratar-se de um homem bom. Para o progresso da missão do Japão, na sua primeira época- Gago foi o terceiro sacerdote- revelou-se certamente uma peça providencial, sendo estimado por laicos e religiosos, à excepção talvez de Melchior Nunes Barreto. [J.R.M.]Bibliografia: DE BACKER, Augustin; DE BACKER, Aloys; CARAYON, Auguste; SOMMERYOGEL, Carlos, Bibliothèque de la Compagnie de jésus: Première partie: Bibliographie par Augustin et Aloys de Backer : Seconde partie : Histoire par Auguste Carayon, Édition nouvelle par Carlos Sommervogel, 12 vols., (Bruxelas, 1890-1932); POLGÁR, László, Bibliographie sur l'histoire de la Compagnie de Jésus 1901 -1980, III, n.o 7097; RODRIGUES, Francisco, História da Companhia de Jesus na Assistência de Pomtgal, tomo I, vol. 2; RUIZ-DE-MEDINA, Juan, 'Un Japonés con Nombre Español', in Missionalia Hispânica, 119, (Madrid, 1984), pp. 5-98; SCHÜTTE, Josephus Franciscus, Introductio ad Historiam Societatis Jesu in Japponia, 1549-1650, (Roma, 1968).
Nasceu a 27 de Agosto de 1703, tendo o seu registo de baptismo sido efectuado no dia seguinte na catedral de Ljubljana com o nome de Ferdinand Augustin. Descendia de uma família nobre proprietária do Castelo de Ravbar (Hoffmannsburg) em Mengeš, na Eslovénia. Entrou na Ordem Jesuíta a 27 de Outubro de 1721 em Viena. Após o seu noviciado em Ljubljana (1722-23), fez estudos clássicos em Leoben (1724), ensinou gramática em Klagenfurt (1725) e em Viena (1726-27, tendo simultaneamente estudado matemática) e leccionou retórica em Ljubljana (1728). Em 1729-30 estudou teologia em Graz. De acordo com algumas fontes, tornou-se director do colégio jesuíta em Timisoara. Em 1735 partiu para Génova, de onde embarcou para Lisboa. A 25 de Abril de 1736 embarcou para a China em companhia dos missionaries Florian Bahr e Gottfried Laimbeckhoven. Efectuou longas paragons em Moçambique, Goa e Malaca, e só chegou a Macau a 4 de Setembro de 1738. No dia 1 de Março de 1739 continuou a sua viagem por terra, primeiro para Cantão e depois para Pequim. Chegou à capital chinesa a 13 de Junho de 1739. Foi colocado no colégio de matemática dirigido pelo jesuíta Ignaz Kögler e, após a morte deste último, tornou-se ele próprio director do departamento, com o título de mandarim de 6° grau. Em Maio de 1753, por ocasião de uma missão portuguesa (Francisco de Assis Pacheco de Sampaio), foi elevado a mandarim de 3°. grau. Entre 1751 e 1762, foi visitador da província missionária chinesa e japonesa e, em 1752-53 e 1766-69, foi director da arqui-provÍncia missionária chinesa que incluía também, formalmente, o território do Japão. Morreu a 29 de Outubro de 1774 em Pequim e foi sepultado no velho cemitério jesuíta em Chala. A sua vasta obra, que compilou com a ajuda dos colegas, incluía uma colecção de tábuas astronómicas intitulada Observationes Astronomicae, publicada em Viena (1768), e uma colecção similar publicada em Pequim em 1756. As suas cartas da China foram publicadas no jornal da 'Royal Society em Londres', as Philosophical Transactions no Mémoires des Chinois parisiense e no Novi Commentarii Academiae Petropolitanae russo. Oito das suas cartas foram publicadas no Welt-Bott, no Volume 4, Parte 30, n° 584-588, 675, 681, 696 (1755), em Viena. Outras oito cartas foram impressas por Georg Pray em Imposturae CCXVIII in dissertatione R.P. Benedicti Cetto, em Ofen (1781). Várias cartas não publicadas constam também dos registos do Arquivo da Eslovénia e do Registo Jesuíta em Roma. A sua correspondência com Maria Anna da Áustria encontra-se em Portugal e a sua correspondência com a Academia de S. Petersburgo está guardada no arquivo desta instituição. Foi também responsável pelo plano geográfico de Macau (1739) e pelo mapa da parte da Manchúria que faz fronteira com a Coreia (1749, com Félix da Rocha). [Z.S.]Bibliografia: DIMITZ, A(nton), Ein Beitrag zur Biographie der Hallersteine, Mittheilungen des Historischen Vereines für Krain, (November 1861), pp. 81-84; DIMITZ, A(nton), Ein Krainer als Hofastronom in Peking 1739-1774, nos 50-55, (Laibacher Wochenblatt, 1881); SOMMERVOGEL, Carlos (S.J.), Bibliotheque de la Compagnie de Jesus, tôme IV, (Bruxelles-Paris, 1893), p. 51; STEIN, J., Missionaris en Astronom. Augustinus von Hallerstein S.J., vol. 109, (Hertogenbosch, 1928), pp. 433-451; STEIN, J., Missionaris en Astronom. Augustinus von Hallerstein S.J., vol. 110, (Hertogenbosch, 1928), pp. 115-128; HÉE, P.L. van (S.J.), Les Jesuites Mandarins, in Revue d'Histoire des Missions, (Paris, 1931), p. 41; DEHERGNE, Joseph, Repertoire des Jesuites de Chine de 1552 a 1800, Bibliotheca Instituti Historici S.1., vol. 37, (Roma, 1973), pp. 122-123; LUKÁCS, Ladislaus, Catalogus Generalis I, (Romae, 1987), p.501; ŠMITEK, Zmago, 'I Missionari Gesuiti Sloveni nel XVII e XVIII Secolo', in I Gesuiti e Gli Asburgo, a Cura di Sergio Galimberti e Mariano Maly, (Trieste, 1995), p. 136; ŠMITEK, Zmago, Astronom Avgustin Hallerstein in Kitajska 18. stoletja, in Zbornik za zgodovino naravoslovja in tehnike, n.o 12, (Ljubljana,1993), pp. 19-61.
No dia 10 de Outubro de 1843, o Governador Adriano Acácio da Silveira Pinto, que viria a falecer em Lisboa, no posto de Marechal de Campo, aos 23 de Março de 1868, foi nomeado Embaixador de Portugal, para tratar com os Plenipotenciários chineses sobre o estabelecimento de Macau. No dia 27 de Outubro, o ex-Governador Adrião Acácio da Silveira Pinto, que fora nomeado pelo Governador José Gregório Pegado, em sessão do Senado de 10 de Outubro, para tratar com os comissários chineses, no sentido de se melhorarem as condições da existência política deste estabelecimento, seguiu para Cantão, no brigue de guerra Tejo, do comando do Capitão-Tenente Domingos Fortunato de Vale. Agregaramse a esta missão o Procurador da Cidade, João Damasceno Coelho dos Santos e o intérprete interino, José Martinho Marques. O Conselheiro Adrião Acácio da Silveira Pinto, que chegara no brigue Tejo a Vampu, com os demais membros da missão diplomática enviada pelo Governo de Macau, para negociar com o Vice-rei Ki-Yin, seguiu pelas 7.30 h. em escaleres para Cantão, residindo, depois de realizada a conferência, na casa de campo do Mandarim graduado Pau-Teng-Kua e no Consulado da França, onde realizou repetidas reuniões, durante dez dias, com o segundo delegado chinês. A missão não conseguiu que fosse relevado o foro pago pela colónia nem dispensada a demarcação do limite para fora dos muros do Campo de Sto. António; igualmente não conseguiu obter: o aumento do número de navios desta praça, então limitado a 25, para irem negociar a Manila e outros portos estrangeiros; a permissão para construções a fazer fora dos muros de Sto. António; a autorização para os navios portugueses frequentarem o porto de Fuchau, por este porto não estar ainda franqueado ao comércio estrangeiro; e o reconhecimento dum Ministro Plenipotenciário. Os chineses anuíram, porém, à igualdade de tratamento na correspondência oficial entre as autoridades portuguesas de Macau e as chinesas do distrito, exigindo, no entanto, que a correspondência a dirigir aos altos-funcionários da capital fosse em forma de tcham (requerimento) ou pan (representação ou ofício de inferior para superior); ao idêntico pagamento dos direitos de ancoragem dos navios estrangeiros em Vampú, com redução de um mês e meio para os 25 navios portugueses de Macau (três mazes por tonelada), mas os que não pertenciam a esse número continuariam a pagar cinco mazes por tonelada; a actualização dos direitos sobre mercadorias importadas pelos chineses de Macau, segundo a nova tarifa, com extinção de todas as gratificações e despesas adicionais; a livre construção de edifícios e barcos, e a livre compra de materiais e livre emprego de operários nativos destinados para esse fim, mas dentro do limite dos muros de Sto. António; e a permissão para os navios portugueses poderem também comerciar nos portos de Cantão, Amoy, Fuchau, Neng-Po e Shanghai. No dia 14 de Novembro, são conhecidos em Macau os resultados da missão diplomática portuguesa à China traduzidos em 9 artigos contendo as deliberações do Conselho de Ministros do Império.
No dia 27 de Outubro de 1931, segue nesta data de Macau para Bangkok o Encarregado do Governo, Dr. João Pereira de Magalhães, a fim de ali participar, como Delegado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, na Conferência Internacional, que tem lugar em Novembro. Ficou como Encarregado do Governo de Macau o Delegado do Procurador da República, Dr. Joaquim Gonçalves Cerejeira.
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