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Data de atualização: 2020/07/21
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No dia 26 de Novembro de 1718, Manuel Favacho faleceu, deixando dote de casamento para 20 órfãs. Deixou ainda 400 pardaus para se celebrar na Igreja da Madre de Deus a novena e festa do Espírito Santo; e legou aos jesuítas a administração da viagem à Cochinchina durante alguns anos. É provável que a doação às meninas órfãs levasse o Senado a fundar o Recolhimento da Santa Casa, de que nos fala Frei José de Jesus Maria. De facto, a 26 de Dezembro de 1718, o Senado determinou que se destinasse meio por cento para a sustentação das “meninas órfãs, filhas de Portugueses, que com o beneplácito do Procurador, e mais Irmãos da Santa Casa, se fará nela um recolhimento com mais uma Senhora grave para Mestra das ditas Órfãs e duas servideiras, dando a cada uma três pardaus para seu subsidio, do dito por cento, e o que restar ficasse em um cofre depositado na mesma Casa da Misericórdia para dote das órfãs”.
Manuel Favacho faleceu, deixando dote de casamento para 20 órfãs
No dia 27 de Maio de 1885 António Alexandrino de Melo faleceu na sua casa da Calçada da Paz (reg. S. Lourenço). Sendo da 4ª geração da família macaense 'Melo', nasceu em S. Lourenço a 7 de Junho de 1837. Estudou no Colégio Jesuíta de Stonyhurst em Sussex e depois em França e em Roma, onde se aperfeiçoou em pintura e desenho. Regressou a Macau formado em engenharia e falando correctamente francês, inglês, italiano e espanho, além do chinês que dominava perfeitamente. Era único sócio da firma «A. A. de Mello&Cª», proprietário de 5 navios que faziam ligações regulares com Portugal, Brasil e Austrália. Foi um dos mais ricos comerciantes de Macau, mas sofreu um duro revés com a instalação dos ingleses em Hong Kong, Levado por dificuldades financeiras, acabou por vender em hasta pública a casa da Praia Grande que foi comprada pelo Governo. Consta também, por tradição familiar que me foi transmitida pessoalmente por um dos descendentes e confirmada por outros, que a sua ruína se ficou a dever à conjugação de três factores ocorridos quasi em simultâneo: a derrota dos carlistas em Espanha, em cuja causa ele investira fartos capitais, o afundamento de dois barcos seus carregados de mercadorias e uma enorme dívida ao jogo nos casinos de Mónaco. 2º baraão de Cercal, por decreto de 10.9.2863. Fidalgo cavaleiro da Casa Real, por alvará de 13.2. 1867. Foi cônsul de Itália (1869), vice-cônsul de França (1872), cônsul do Brasil (1875) e cônsul da Bélgica (1876). Vogal efectivo do Conselho do Governo (1869-1871), juiz substituto da comarca (1870), vogal do Conselho Técnico de Obras Públicas (1873), director das Obras Públicas, presidente da comissão administrativa da Santa Casa da Misericórdia (1875) e tenente-coronel comandante do Batalhão Nacional de Macau, desde 1869 até morrer. Como engenheiro, projectou os seguintes edifícios em Macau: Palácio do Governo, Santa Sancha, Hospital de S. Januário (posteriormente demolido), Cemitério de S. Miguel, Capitania dos Portos (Quartel dos Mouros), Grémio Militar e a renovação do Teatro D. Pedro V.
António Alexandrino de Melo faleceu na sua casa
Alexandrino António de Melo faleceu em Marselha, França, a 21 de Maio de 1877. Da terceira geração da família macaense 'Melo' de Macau, nasceu em Macau cerca de 1809, filho de António Gotero de Melo, que deve ter ido para Macau nos finais do Século XVIII. Alexandrino António de Melo é grande comerciante, proprietário e um dos 40 maiores contribuintes de Macau. Almotacé da Câmara de Macau eleito em 1840, membro do Conselho da Província (1872), procurador do Governo de Timor (1873), e cônsul do Brasil em Macau. Fundou por sua iniciativa a «Nova Escola Macaense» (1862), cujos fundos depois reverteram para a «Associação Promotora da Instrução dos Macaenses» de que ele foi também um dos fundadores em 1871. Foi ainda sócio fundador e um dos primeiros directores da «Hong Kong, Canton &Macao Steamboat Company». Barão do Cercal por decreto de 11.5.1851, e Visconde do Cercal por carta de 5.4.1867. Mandou edificar para sua residência a casa da Praia Grande (hoje Palácio do Governo) e foi também proprietário da Quinta de Santa Sancha (hoje residência oficial do Governador de Macau).
Alexandrino António de Melo faleceu em Marselha
Félix Feliciano da Cruz faleceu em Hong Kong a 1 de Março de 1879. Fundou a «Tipografia Feliciano» e o jornal «O Macaísta Imparcial», bi-semanal desde a sua fundação a 9 de Junho de 1836 até 5 de Julho de 1837, quando passou a ser semanal, com o sub-título de «Registo Mercantil».
Félix Feliciano da Cruz faleceu em Hong Kong
Miguel António Aires da Silva faleceu na Sé a 17.9.1886. Nasceu a 17.7.1844. É da 4ª geração da família macaense 'Nolasco da Silva', irmão do famoso sinólogo Pedro Nolasco da Silva. Em 1877 requereu autorização para aterrar todo o espaço compreendido entre a curva que ia da Rua da Caldeira à Rua do Tarrafeiro, ficando com o direito de aforamento. Deferido o requerimento, iniciou imediatamente as obras de aterro, que foi inaugurado a 4.3.1881, passando a ficar conhecido por Aterro da Rua Marginal do Porto Interior. Em 1884 ofereceu ao Leal Senado parte desse terreno, para nele se construir um mercado de peixe. Sócio fundador da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), fundada em 1871. O seu nome foi dado a duas artérias da cidade - a «Rua de Miguel Aires» e o «Pátio do Mercado Interior de Miguel Aires».
Miguel António Aires da Silva faleceu na Sé
Francisco António Pereira da Silveira faleceu na Sé a 16 de Setembro de 1873. Filho mais velho de Gonçalo Pereira da Silveira, nasceu na Sé a 2 de Dezembro de 1797. Frequentou o Seminário de Macau até à morte de seu pai, tendo desistido da ideia de ir para Coimbra cursar Direito, a fim de assumir a chefia da família e da casa comercial. Foi almotacé da Câmara em 1815, vereador do Leal Senado em 1822, escrivão do juiz de direito de Macau, irmão, tesoureiro e provedor da Santa Casa da Misericórdia. Casou com D. Francisca Ana Benedita Marques. Tem 5 filhos, o terceiro filho é Albino Pedro Pereira da Silveira.
Francisco António Pereira da Silveira faleceu
O Conde Bernardino de Senna Fernandes faleceu na Sé a 2 de Maio de 1893. Nascido em St. António a 20 de Maio de 1815, é da terceira geração da família macaense 'Senna Fernandes' de Macau. Opulento negociante da praça de Macau e um dos 40 maiores contribuintes da cidade, durante anos sucessivos. Teve uma brilhante carreira política, económica e social, afirmando-se como um dos mais influentes cidadãos de Macau do seu tempo. Em 1847 fez parte, como 1º sargento, da 1ª Companhia do Batalhão Provincial de Macau. A partir de então, sucedem-se os cargos e as distinções, a saber: comandante da Guarda da Polícia (14.10.1857), major honorário (18.7.1861), cônsul do Sião (24.1.1863), comendador da Ordem de Cristo (10.3.1865), comendador da Ordem do Elefante Branco (26.12.1867), cavaleiro da Ordem da Torre e Espada (6.2.1869), fidalgo-cavaleiro da Casa Real (30.1.1871), medalha de prata do mérito, filantropia e generosidade (30.1.1871), cônsul de Itália (20.6.1886). Foi sócio fundador de Associação Promotora da Instrução dos Macaenses. 1º Barão de Senna Fernandes, por carta de 31.1.1889, elevado a visconde, por carta de 17.4.1890 e elevado a conde (em duas vidas), por decreto de 31.3.1893. Figura poderosa e polémica foi, naturalmente, alvo de invejas e acusações de toda a ordem, sobre as quais se torna difícil, hoje me dia, tecer um juízo de valor. Seja como fôr, ele próprio entendeu defender-se e publicou o folheto Um apelo ao publico imparcial, Macau, Typ. Popular, 1869, 24 p., no qual apresenta uma série de documentos comprovativos dos altos serviços prestados à Província. Um grupo de importantes comerciantes chineses, deliberou mandar erigir-lhe uma estátua de corpo inteiro, que foi inaugurada em Março de 1871, num terreno ajardinado do outro lado da rua, oposto da Monumento da Vitória, com a seguinte legenda em letras de bronze: «Esta Estátua foi mandada erigir por / Lu-Cheo-Chi, Cham-Hau-in, Ho-Liu-Vong / e outros Negociantes Chineses de Macau/ Em Testemunho de Amizade e Gratidão». Quando a família Senna Fernandes construiu a Vivenda Caravela na Avenida da República, colocou a estátua no jardim fronteiro à casa, sendo daí retirada quando a casa foi alugada para um restaurante. Nessa altura a estátua foi oferecida ao Governo, que a mandou colocar no jardim do Museu Luís de Camões, hoje seda da Fundação Oriente em Macau.
Conde Bernardino de Senna Fernandes faleceu na Sé
Faleceu Francisco João Marques em S. Lourenço a 16 de Fevereiro de 1869. Primeiro filho de Domingos Pio Marques de Noronha e Castelo Branco, da 4ª geração da família macaense 'Marques', nasceu em S. Lourenço a 25 de Junho de 1807. Capitão de navios. Em 1837 comandava a barca «Tranquilidade», que viajava para Bombaim e Singapura. Mais tarde fixou residência em Ning-Pó, no norte da China, onde foi cônsul de Portugal. Aí recebeu em 1854 a visita da corveta «D. João I» que fora enviada pelo governo de Macau para combater o pirata Apak.
Faleceu Francisco João Marques
A 3 de Outubro de 1738, Simão Vicente Rosa chegou a Macau, a chamdo de seu tio Manuel Vicente Rosa: 'Chegou o Barquinho de João da Costa de Magalhães de Madrasta e nelle veio Simão Vicente Rosa sobrinho de Manoel Vicente Rosa que havia annos o tinha mandado buscar'. Mal desembarcou, seu tio aprazou-lhe casamento. Herdou a grande fortuna de seu tio. Em 1738, Isabel da Cruz, esposa do capitalista Manuel Vicente Rosa, faleceu nesta data, sendo sepultada no adro da Igreja de S. Domingos. Deixou um legado de mil taeis para dotar as órfãs pobres a fim de se poderem casar.
Legado de mil taeis para dotar as órfãs pobres
Personagem: | Ho, Stanley, 1921-2020 |
Hotung, Robert, 1862-1956 | |
Tempo: | Época da República entre 1911 e 1949 |
12/1941 | |
Palavra-chave: | Comerciante |
Fonte: | Silva, Beatriz Basto da, Cronologia da História de Macau, Vol. III, Livro do Oriente, 2015, p. 268, ISBN 9789996575006 |
Idioma: | Português |
Identificador: | t0007553 |
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