No dia 2 de Junho de 1710, na tarde deste dia reuniram-se todos os prelados e alguns homens bons, na residência do Governador, Diogo de Pinho Teixeira, a fim de o convencerem a desistir do seu propósito de forçar a entrega da corporação do Senado, que se tinha refugiado no Colégio de S. Paulo, e que fora por ele demitida, originando com isso graves desordens e inquietações que puseram em perigo a cidade. O Pe. Marco da Companhia de Jesus e o Vigário-Geral conseguiram com fortes razões levar o Governador a mandar retirar as sentinelas com que havia cercado o Colégio de S. Paulo. No dia 6 de Junho de 1710, não obstante Diogo de Pinho Teixeira ter mandado retirar as sentinelas que vigiavam o Colégio de S. Paulo, não terminou o conflito, que trazia a cidade dividida em partidos, pois funcionavam dois senados: um, o governamental, na casa da Câmara, e o outro, que fora dissolvido pelo Governador, no Colégio de S. Paulo dos padres da Companhia de Jesus. O Governador convocou neste dia os cidadãos para a eleição do juiz que faltava, sendo sucessivamente eleitos João Soares, Manuel Peres e António Pinheiro, que se recolheram ao Colégio de S. Paulo, à medida que iam sendo eleitos, continuando assim vago o cargo de juiz.

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Data de atualização: 2019/10/14