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Data de atualização: 2020/08/16
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Divulgado também pelos organizadores como “Macau Grand Prix”, e considerado como o maior cartaz turístico do território. Disputado num dos raros circuitos citadinos do mundo, mexe com a vida da maioria dos residentes, transfigurando de certo modo a cidade durante 4 dias em Novembro. São quase cinquenta anos de história que passam pela vontade de quatro amigos portugueses e um suíço que viveu em Hong Kong. Macedo Pinto, Carlos Silva, João Pires Antas e Julio Cruz juntaram-se numa tarde em 1954 a volta da ideia de organizarem uma prova automóvel que fugisse ao quotidiano da cidade que consideravam na altura como “uma vila de Hong Kong”, mas que não fosse um ‘Rallie Paper’ e se adequasse aos duzentos a quatrocentos carros existentes então em Macau. Uma espécie de gincana ou ‘Caça ao Tesouro’ para a organização da qual Carlos Silva pediu informações a Hong Kong. A resposta nao terá correspondido às expectativas, mas entusiasmou suficientemente o dinâmico adepto do automobilismo Paul du Tois, que veio passar um fim--de-semana ao território. Foi então confrontado com um plano de percurso, que os cinco percorreram juntos, e no final o suíço classificou como de Grande Prémio, comparando-o ao do Monaco. Com grandes apoios de Hong Kong e das autoridades locais, realizou-se então o que se pensava que seria o primeiro e último Grande Prémio, com uma partida ao estilo “Le Mans”, em que os concorrentes alinhados correm para os bólides, saltam para o interior e arrancam. Participaram carros de todos os tipos, de bambu eram feitos o ‘stand’ que serviu de controlo da organização e a primeira bancada. Na zona de Cacilhas a estrada era de terra batida, e o pó levantado pela passagem dos carros era tanto que Macedo Pinto lembra-se bem de ter que se orientar pelas árvores para saber onde eram as curvas. O vencedor das desgastantes quase quatro horas de corrida foi no entanto Eddie Carvalho, num Triumph. Foram cinquenta e uma voltas cumpridas pelos quinze participantes. Um orçamento de quinze mil patacas e uma prova que mereceu os elogios da imprensa de Hong Kong, entusiasmando du Tois a continuar – por isso é considerado como o ‘pai’ do Grande Premio. Em 1955 o circuito já era totalmente asfaltado, fazendo subir as despesas para as sessenta mil patacas, mas o público pagou cinco mil em bilhetes; foi construída uma tribuna principal com dez boxes para os automóveis participantes, que no entanto eram em maior número; e a prova aumentou para 77 voltas, internacionalizando-se. Um dos pilotos de Hong Kong era Phill Taylor, que viria a ser Director do Grande Prémio durante mais de vinte anos. O ambiente desportivo era muito diferente do de hoje em dia, equando algum dos concorrentes se despistava o que ia asegui-lo parava um pouco, certificava-se de que estava tudo bem com o companheiro, e so depois prosseguia a corrida. Todos se conheciam pessoalmente, e quando um piloto vinha pela primeira vez, os que em Macau estavam habituados ao circuito chegavam a proporcionar o próprio carro ao recém-chegado para umas voltas em conjunto, explicando a melhor forma de aproximação as curvas e as passagens de mudanças. Em 1957 realizou-se pela primeira vez mais do que uma prova no programa do Grande Prémio, com a introdução de uma corrida das cem milhas e outra só para senhoras. No ano seguinte o percurso foi reduzido para as actuais dimensões de seis quilometros e duzentos e sessenta metros, realizou-se a primeira corrida do Automóvel Clube de Portugal e o vencedor do Grande Prémio deixava de ser de Macau ou de Hong Kong. O biénio 1959-1960 marca o encerramento do circuito para os treinos, primeiro só a sexta-feira, depois também a quinta. A passagem da década assinalou igualmente o aparecimento dos carros de turismo, e um recorde da volta que foi batido onze vezes na mesma edição. Em 1962 o então Governador de Macau assinalava a importância do evento desportivo ao assistir pela primeira vez, das bancadas. Havia uma garagem para os automóveis participantes, também uma primeira ponte para passagem de peões e uma central telefónica privativa para as comunicações em todo o circuito. Chegaram a correr rumores de sabotagem, que levaram um concorrente birmanês a pedir a protecção policial aos carros que ficavam no paddock durante a madrugada. No ano a seguir, o filipino Arsénio Laurel tornava-se no primeiro piloto a vencer o Grande Prémio duas vezes, e no pódio estava também Teddy Yip: um empresário apaixonado pelo desporto motorizado que muito contribuiu para o desenvolvimento de Macau, foi decano da Fórmula 2 e proprietário de uma equipa de Fórmula 1, a Theodore Racing, que também trouxe ao território carros da Fórmula 3. Yip trouxe ainda aos Novembros de Macau estrelas de cinema e celebridades do mundo automóvel, como Jackie Stewart, Sir Jack Brabham, Jackie Yckx, Keke Rosberg, Ricardo Patrese e o lendário Giacomo Agostini, quinze vezes campeão do mundo em 500cc. Com o passar dos anos os prémios acompanharam o estatuto crescente da chamada ‘prova-rainha’ e passaram a ser superiores às dez mil patacas, quando uma boa refeição custava apenas dez e a diária nos melhores hotéis da cidade não ultrapassava as cem. O ‘circo’ da competição era abrilhantado com atractivos tão diversos como o boxe tailandês, o sumo japonês e até corridas de touros. O aumento da capacidade dos motores e da velocidade num circuito que começou sem quaisquer protecções para os pilotos e ainda hoje é dos mais perigosos do globo traçava paginas negras num livro de glórias. Em 1967 o campeão filipino Laurel morria na Guia, depois de um choque seguido de incêndio. O luto voltaria ao Grande Prémio no ano do 25 de Abril, quando um despiste na curva do Hotel Lisboa apanhou mortalmente uma criança entre os espectadores e feriu outras cinco pessoas. Na história do GPM, a sigla natural escolhida e utilizada na década de 1980, vários nomes sonantes ficaram gravados para sempre na memória dos aficcionados das corridas. Em 1976 Alan Jones quebrou a hegemonia nipónica no Grande Prémio de Motociclos e alcançou um recorde da volta imbatível durante oito anos. Outro recorde de nove anos nas motos foi alcançado por “Rocket” Ron Haslam, vencedor de seis edições. 1988 foi o ano de Kevin Shwantz, para o qual o avanço face aos outros motociclistas permitiu entusiasmar a assistência com “cavalinhos” nas rectas. O traçado sinuoso da Guia foi também a rampa de lançamento de pilotos em ascensão como Ayrton Senna e Gerhard Berger, que em 1982 subiam ao pódio após a primeira Taça Mundial de Fórmula 3, ganha pelo brasileiro. O troféu passou depois a Taça Intercontinental de Fórmula 3, juntando os melhores dos campeonatos europeu e japonês, convidados pelas principais equipas do momento. A década de 1980 ditou para o GPM uma estrutura organizativa própria em Macau, e já nos anos 1990 surgia o Museu do Grande Prémio, no Centro de Actividades Turísticas, preservando no tempo a memória dos percursores e principais protagonistas e mostrando a evolução das máquinas. Quase todos sabem que o Grande Prémio de Macau e uma das formas de acesso a categorias superiores da competição automóvel. Basta pensar nos nomes dos pilotos que estão na Fórmula 1, nos campeonatos britânico e alemão de turismo, no Mundial de Superbikes e confrontar com as listas de concorrentes a edições anteriores das várias provas no território. Mas os participantes vêm e ficam maravilhados com o circuito, apesar do perigo que lhes aumenta os níveis de adrenalina. Chegam a ficar admirados ao depararem com o ambiente comum a qualquer prova europeia, e a consideraro encontro de Macau como o acontecimento mais descontraído do ano. As corridas realizam-se no final dos diversos campeonatos e pode ser para os pilotos um verdadeiro prazer acelerar sem grande tensão nem títulos em jogo, apenas com a satisfação de dominar uma pista especial, porque notóriamente difícil. Durante longos anos, a maior parte dos organizadores do Grande Prémio residia em Hong Kong, mas gradualmente quadros locais foram acompanhando em maior número a organização e participando em acções de formação específicas. Entretanto a realização de corridas na vizinha Zhuhai 珠海, e a posterior construção e ampliação de um circuito nos arredores da cidade chinesa, a pensar na Fórmula 1, são considerados como uma ameaça às provas no território. Após a tranferência da administraçã oportuguesa, a Região Administrativa Especial chinesa no novo milénio encontra uma melhor Comissão Organizadora, quase totalmente localizada, e a trabalhar com maior antecedência, apostada em assegurar o futuro do Grande Prémio de Macau. [J.P.S.]Nota adicional: Uma década passou desde o chamado “retorno de Macau à China”, ou seja, desde a transferência da Administração da agora Região Administrativa Especial de Macau. O GP de Macau tem continuado a realizar-se, incluindo novas modalidades, ou reformulação das antigas. As provas finais, realizadas no Sábado e no Domingo do fim de semana do GP, são a Fórmula 3 e a Corrida da Guia) as duas provas finais do campeonato Mundial da FIA, desde 2005. O Grande Prémio de Motos de Macau é outra das atracções deste prestigiado evento anual. Em 2008 foi ainda introduzido o Road Sport Challenge para carros de desporto, a Taça GT de Macau para carros GT3. Algo de que os apoiantes de Macau muito se orgulham é a conquista do Gp F3 pelo jovem piloto de Macau, André Couto. Grandes nomes do desporto automóvel internacional (Jörg Müller, vencedor em 2004 e 2006, Nelson Piquet, 8º.em 2003, por exemplo) têm passado por Macau nesta última década, prestigiando ainda mais este grande acontecimento internacional, organizado por uma equipa dinâmica e de grande qualidade. E o GP de Macau continua.
GRANDE PRÉMIO DE MACAU
Tempo: | 回歸祖國(1999年-) |
2008年11月 | |
Local: | 澳門半島--花地瑪堂區 |
嚤囉園路 | |
Palavra-chave: | 澳門格蘭披治大賽車 |
三級方程式賽車 | |
賽車 | |
比賽 |
數位作品提供者: | 澳門特別行政區政府新聞局 |
Autoridade: | 澳門特別行政區政府新聞局授權澳門基金會使用。如需使用有關資料,需徵得有關版權實體的同意。 |
Idioma: | 中文 |
Tipo: | 圖片 |
照片 | |
彩色 | |
Identificador: | p0016984 |
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Data de actualização: 28 de Abril de 2025
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