
Informações relevantes
Data de atualização: 2020/09/03
Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
Data de atualização: 2020/09/03
Natural de Pizhou 邳州, actual Distrito de Pi 邳縣, Província de Jiangsu 江蘇. No seu percurso profissional, chegou a ser Fuzongbing 副總兵 [Comandante Regional Adjunto] e Zongbing 總兵 [Comandante Regional] de Guangdong 廣東. Durante o Reinado de Jianjing 嘉靖 (1523-1566), destacou-se nos combates contra os piratas japoneses, na Província de Zhejiang 浙江. Foi transferido juntamente com Yu Dayou 俞 大猷 para Guangdong 廣東, onde também lutou contra os piratas japoneses. Em 1564, aquando do motim dos marinheiros de Zhelin 柘林, e após ter perdido várias batalhas navais com os amotinados, foi a Macau solicitar auxílio militar aos portugueses. Tang Kekuan faleceu no ano de 1576. [J.G.P.] Bibliografia: ALVES, Jorge Manuel dos Santos, Um Porto entre dois Impérios. Estudos sobre Macau e as Relações Luso-Chinesas, (Macau, 1999); JIN Guo Ping; WU Zhiliang, Jinghai Piaomiao [História(s) de Macau – Ficção e Realidade], (Macau, 2001); LOUREIRO, Rui Manuel, Em Busca das Origens de Macau, (Lisboa, 1996); LOUREIRO, Rui Manuel, Fidalgos, Missionários e Mandarins Portugal e a China no Século XVI, (Lisboa, 2000); WU Zhiliang; IEONG Wan Chong, Aomen Baikequanshu [Enciclopédia de Macau], (Macau, 1999); YE Quan, Xianbobian [Colectânea de Virtude e Sabedoria], (Pequim, 1997); Zhang Tingyu Mingshi [História Oficial dos Ming], (Pequim, 1974).
TANG KEKUAN 湯克寬 (século XVI)
Yun Shu 芸墅, de seu verdadeiro nome, foi co-autor da Aomen Jilüe 澳門紀略 [Monografia Abreviada de Macau]. Natural de Xuancheng 宣城 (actual Município de Xuanzhou 宣州), Anhui 安徽, foi, no início do Reinado de Qianlong 乾隆 (1736-1795), e mediante recomendação especial, promovido de Gongsheng 貢生 [Graduado por Preeminência] para Magistrado Distrital. Desempenhou funções nos Distritos de Heyuan 河源, Xiangshan 香山 e Yangchun 陽春, entre outros lugares, mas foi nomeado Subprefeito Interino de Macau, o vulgo Mandarim da Casa Branca (em 1746), cargo que lhe foi confirmado com nomeação efectiva dois anos mais tarde. Durante o seu mandato como Mandarim da Casa Branca, solicitou autorização superior para encerrar a Tangrenmiao 唐人廟 [Igreja de Nossa Senhora de Amparo], destinada à propagação do Catolicismo junto da comunidade chinesa. Em Maio de 1748, aquando dos assassínios dos chineses Li Tingfu 李廷富 e Jian Yaer 簡亞二, praticados respectivamente pelos soldados portugueses Amaral e António, Zhang Rulin 張汝霖 recebeu um suborno e abafou o caso. Apesar dos seus esforços, juntamente com o Bao Yu 暴煜, magistrado do Distrito de Xiangshan 香 山, na elaboração de Doze medidas de controlo dos bárbaros de Macau [Código de Qianlong], que foram gravadas em pedra para serem cumpridas, sofreu uma repreensão por parte da Corte Central, que o demitiu do cargo, devido ao facto de os assassinos terem sido “desterrados para Timor sem conhecimento das autoridades chinesas”. Com a exoneração, Zhang Rulin 張 汝霖 voltou à sua terra natal, de onde não tornaria a sair para ocupar qualquer outra função administrativa. Dotado de vocação poética, além de ter elaborado, de parceria com Ying Guangren 印光任, a Aomen Jilüe 澳門紀略 [Monografia Abreviada de Macau], foi autor de Xinxincao 辛辛草 [Ervas Alegres], Wuyueyin 吳越吟 [Cantos de Wuyue] e Ermingji 耳鳴集 [Colectânea de Zumbidos no Ouvido], entre outras obras, das quais a maioria se perdeu para sempre. [J.G P.] Bibliografia: Arquivo Histórico Ultramarino, MACAU, cx 5m doc. no. 30, Arquivos de Macau, n.° 2, de Fevereiro de 1930; BOXER, C. R., Fidalgos no Extremo Oriente, (Macau, 1990); BRAGA, Jack Maria, A Voz do Passado, (Macau, 1987); FEI Chengkang, Macao 400 Years, (Xangai, 1996); JIN Guo Ping, O Ocidente ao Encontro do Oriente, (Macau, 2001); LIU Yuelian, “Aomen Jilüe Tanwei” [Uma Tentativa de Novas Abordagens sobre a Monografia Abreviada de Macau], in Revista de Cultura, n.° 43, (Macau, 2002); PTAK, Roderich, “Die Stadt Macau nach den Illustrationen Lokalchronik”, in China and the Asian Seas Trade, Travel, and Vision of the Other (1400-1750) , (Ashgate, 1998); PTAK, Roderich, “Yin Guangren, Zhang Rulin e as Relações Luso-Chinesas nos Anos 1740, Colóquio Internacional Portugal-Macau e as Relações Europa-China”, in Daxiyangguo, (Lisboa, 1999); PTAK, Roderich, Macau: Trade and Society, circa 1740-1760, International Workshop on Maritime China and Overseas Chinese Communities in Transition, 1750-1850, Department of History, National University of Singapore, (Singapura, 1999); TAN Kaijian, Mingqing Shidaifu yu Aomen [Mandarins das Dinastias Ming e Qing e Macau], (Macau, 1998); VALE, A. M. Martins do, Os Portugueses em Macau (1750-1800), Degredados, Ignorantes e Ambiciosos ou Fiéis Vassalos d’El-Rey? , (Macau, 1997); VONG Tak Hong, Aomen Xinyu [Crónicas de Macau], (Macau, 1996); WU Zhiliang; Ieong Wan Chong, Aomen Baikequanshu [Enciclopédia de Macau], (Macau, 1999); ZHANG Wenqin, Aomen yu Zhongguo Lishi Wenhua [Macau na História e Cultura Chinesas], (Macau, 1995); ZHAO Chunchen, Aomen Jilüe Jiaozhu [Monografia de Macau Anotada], (Macau, 1992); ZHAO Chunchen, “Monografia de Macau e suas Notas”, in Revista de Cultura, n.° 19, (Macau); Zhongshan Wenxian [Documentação de Zhongshan], 8 vols., (Taiwan, 1985).
ZHANG RULIN 張汝霖 (1709-1769)
Natural de Xiatian 夏田, Distrito de Fuliang 浮梁 (actual Município de Jingdezhen 景德鎮), Província de Jiangxi 江西, Wang Bai 汪柏 alcançou o grau académico de Juren 舉人 [Graduado Provincial], em 1531, e Jingshi 進士 [Doutor], em 1538. Exerceu funções públicas em Guangdong 廣東 por duas vezes, a primeira entre 1553 e 1555 (ou inícios de 1556), na qualidade de Anchasifushi 按察司副使 [Sub-comissário da Administração Judicial], com competência para o Haidao 海道 [Circuito Marítimo], e a segunda em 1557, desta vez promovido a Anchashi 按察使 [Comissário da Administração Judicial] da Província de Guangdong 廣東. Durante o seu mandado como Haidao 海道, estabeleceu a paz juntamente com Leonel de Sousa, permitindo que os Portugueses tivessem acesso a Macau. A verdade é que, apesar dos pacto com os portugueses ter sido bastante criticado, Wang Bai 汪 柏 não foi castigado, antes promovido. A promoção teve a ver com a aplicação da política central de pacificar os Portugueses, sobretudo com o âmbar cinzento que adquiriu a estes. Gaspar da Cruz relata o episódio do seguinte modo: “Porque o comia para sustentar a vida, e havia já muitos dias que o pediam aos portugueses, mas como lhe não sabiam o nome que nós usávamos, não se acabavam de entender até que o ano dantes (1555) houve o Aitao de Cantão um pouco por via de soltar um português: pelo que acrescentaram ao Ponchássi”. Antes de ir para a Corte de Guangdong 廣東, exerceu, sucessivamente, as funções de Dalishi Pingshi 大理寺評事 [Examinador Judicial no Supremo Tribunal da Razão e Justiça] e Guanglusi Cheng 光 祿寺丞 [Presidente do Tribunal dos Banquetes Imperiais]. A última posição fez com que fosse indigitado Anchasifushi 按察司副使 [Sub-comissário da Administração Judicial] de Guangdong 廣東, a fim de tentar obter o âmbar cinzento junto dos comerciantes estrangeiros que frequentavam os portos cantonenses. Levando em consideração as circunstâncias em que ele foi destacado da Corte para Guangdong 廣東, percebe-se melhor o porquê de ter assentado paz com os Portugueses. Sendo um mandarim central com importantes funções dentro do palácio imperial, o seu envio para Guangdong 廣東 teria sido muito mais do que uma simples mudança de posição. Wang Bai 汪柏, ao ser mandado para Guangdong 廣東, tinha bem expressa a missão de adquirir, para o Imperador, o âmbar cinzento comercializado pelos estrangeiros. Como se vê, não tinha ainda a missão de estabelecer a paz com os Portugueses, mas a verdade é que, apesar de ser Haidao 海道 e ocupar apenas o segundo lugar na Administração Judicial, podia ser mais influente do que o próprio Comissário. Além disso, Wang Bai 汪柏 teria sido o fundador do sistema dos Hanistas, que perdurou até à Dinastia Qing 清 (1644-1911). Como se destacou na aniquilação, em São João, do grupo de piratas chefiado por He Yaba 何亞八 (com uma ajuda indirecta dos Portugueses, fé certo), foi transferido, em 1556, para Zhejiang 浙江, onde tomou posse como Chengxuan Buzhengshisi Zuocanzheng 承宣布政使司左參政 [Sub-comissário da Esquerda da Administração Civil], a fim de ajudar o Yushi 御史 [Censor Imperial] Zhao Wenhua 趙文 華 e o Zongdu 總督 [Supremo Comandante] Hu Zongxian 胡宗憲 a combaterem a pirataria japonesa. Aliás, a este último chegou mesmo a propor, em rela ção aos japoneses, a utilização do mesmo tipo de medidas reconciliadoras tomadas para com os Portugueses em Macau. Como Anchashi 按察使 [Comissário da Administração Judicial] da Província de Guangdong 廣東, Wang Bai 汪柏 tornou-se o chefe imediato do Haidao 海道 e o máximo responsável pelo controlo dos comerciantes estrangeiros. Permaneceu no cargo até 1559 e os seus dois mandatos foram decisivos para os Portugueses. Se no primeiro permitiu que eles se livrassem das perseguições começadas em Liampó (Ningbo 寧波) e continuadas em Chincheo (Zhangzhou 漳州) e tivessem acesso a Macau, no segundo permitiu que eles se convencessem que podiam residir nesta cidade em absoluta segurança. Talvez isto ajude a explicar o motivo pelo qual os Portugueses consideram 1557 como o ano da fundação de Macau. Os rasgados elogios contemporâneos de que Wang Bai 汪 柏 foi objecto, bem como o reconhecimento dos seus méritos, traduzidos em sucessivas promoções, ilibamno definitivamente não só das acusações de corrupção, fantasiadas pela historiografia moderna, mas também da responsabilidade da autorização de residência dada aos Portugueses, à revelia do “Filho do Céu”. A antiga residência de Wang Bai 汪柏, com uma superfície de 27,966m2, que se encontrava na sua aldeia natal Xiatian 夏田, foi, em 1986, totalmente desmontada e transladada para o actual Município de Jingdezhen 景 德鎮, onde está patente ao público como monumento histórico. [J.G.P.] Bibliografia: ALVES, Jorge Manuel dos Santos, Um Porto entre Dois Impérios. Estudos sobre Macau e as Relações Luso-Chinesas, (Macau, 1999); “Biografia de Wang Bai”, in WU Zongci, Jiangxi Tongzhi Gao [Esboço da Crónica Geral de Jiangxi], vol. 72, (Jiangxi); JIN Guo Ping, “Combates a Piratas e a Fixação Portuguesa em Macau”, in Revista Militar, II século, vol. 51, n.° 1/99, n.° 2.364, (1999); JIN Guo Ping, Zhongpu Guanxi Shidi Kaozheng [As Relações Luso-Chinesas Histórica e Geograficamente Falando], (Macau, 2000); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, “A Reformulated Approach to the Origins of Macau”, in Revista MacaU, n.° 1, (Macau, 2000); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, “Reformular as Origens de Macau: Imperadores, Âmbar-Cinzento e Macau”, in Revista Encontros de Divulgação e Debate em Estudos Sociais, n.° Especial Macau, (Macau, 1999); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, “Aomen yu Longxianxiang” [Âmbar cinzento e Macau], in Aomen 2000, (Macau, 2000); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, Aomen yu Longxianxiang” [Ambar cinzento e Macau], in Jinghai Piaomiao [História(s) de Macau-Ficção e Realidade], (Macau, 2001); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, “Reformular as Origens de Macau”, in MacaU, n.° 92, (Macau, 1999); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, “Reformular as Origens de Macau: Imperadores, Âmbar-Cinzento e Macau”, in Revista da Cultura, n°s. 38/39, (Macau); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, Dongxiwangyang [Em busca de História(s) de Macau Apagadas pelo Tempo], (Macau, 2002); JIN Guo Pin; WU Zhiliang, “Razões Palacianas na Origem de Macau”, in MacaU, III ser., n.° 14, (Macau, 2003), pp. 82-95; JIN Guo Pin; WU Zhiliang, “The Chinese Imperial Court and the Origins of Macau”, in MacaU, III série, n.° 14, ed. inglesa, (Macau, 2003), pp. 68-81; LOUREIRO, Rui Manuel, Fidalgos, Missionários e Mandarins Portugal e a China no Século XVI, (Lisboa, 2000); RUAN Yuan, Crónica Geral de Guangdong, vol. 1, (Xangai, 1990); TAN Shibao; CAO Guoqing, “Dui Wang Bai yu Suosa Xieyi de Zaitantao” [Ainda sobre o Primeiro Acordo Sino-Português entre Wang Bai e Leonel de Sousa], in Revista de Cultura, n°s. 40/41, ed. em Chinês, (Macau, 2000); USELLIS, W. Robert, As Origens de Macau, (Macau, 1995); WAN Bai, Qingfeng Wenji [Antologia de Qingfeng], (1867); WU Zhiliang, Segredos de Sobrevivência O Sistema Político e o Desenvolvimento Político de Macau, (Macau, 1999); YANG Jibo; WU Zhiliang; DENG Kaisong (dirs.), Mingqingshiqi Aomenwenti Danganwenxian Huibian [Colecção Documental de Arquivos das Dinastias Ming e Qing relativos a Macau], vol 5, (Pequim, 1999); Zhang Tingyu Mingshi [História Oficial dos Ming], (Pequim, 1974).
WANG BAI 汪柏 (Século XVI)
Co-autor da Aomen Jilüe 澳門記略 [Monografia Abreviada de Macau], seu único escrito que sobreviveu à voragem dos tempos. Ying Guangren 印光任, com o nome próprio público de Fu Chang 黻昌, cognominado Bin Yan 炳岩, é natural de Nanbaoshan 南寶 山, Qingjiang 清江 [actual Distrito de Baoshan 寶 山, Xangai]. No Reinado de Yongzheng 雍正 (1723- 1735), sendo Bingsheng 禀生 [estudante recomendado] dotado de piedade filial, honestidade, rectidão e integridade, foi destacado para desempenhar funções administrativas em Guangdong 廣東. Ocupou, sucessivamente, os lugares de magistrado dos Distritos de Shicheng 石城, Guangning 廣寧, Gaoyao 高要 e Dongguan 東莞, entre outros. Pelos méritos administrativos demonstrados nas terras por onde passara e pelas suas ricas experiências em contactos com estrangeiros, foi escolhido em 1744 para ser o primeiro Mandarim de Qianshan 前山 [Montanha Dianteira, Casa Branca]. Após a tomada de posse do cargo, Ying Guangren 印光任 (cumpriu exemplarmente as funções que lhe haviam sido atribuídas, a começar pela elaboração de sete medidas para reforçar o controlo das embarcações estrangeiras e dos estrangeiros residentes em Macau. Além disso, demonstrou bastante tacto administrativo para resolver questões relacionadas com os estrangeiros. O seu biógrafo, Yuan Mei 袁枚, elogia-o ao dizer: “Ying Guangren 印光任, por ter desempenhado cargos nas terras do litoral, tornou- -se um grande conhecedor dos bárbaros, nomeadamente no que diz respeito às suas espécies, aos seus poderes e às suas capacidades. Conhecia como a palma da mão toda a geografia das terras sob sua jurisdição, o que lhe permitiu ou tomar medidas preventivas ou optar por decisões certeiras e oportunas em casos de incidentes. Os mares ficaram sem problemas durante os seus mandatos”. Mais tarde, Ying Guangren 印光任 foi nomeado Subprefeito de Nan’ao 南澳 e Prefeito das Prefeituras de Qingyuan 慶遠 e Taiping 太平, em Guangxi 廣 西. Foi exonerado deste último cargo devido a um incidente e passou a velhice na sua terra natal, onde morreu com 68 anos. Entre outras obras, foi autor de Bin Yan Shiwenji 炳岩詩文集 [Antologia Poética e Literária de Bin Yan], Yiqi Bian 翊蘄編 [Colecção de Yiqi], Buting Jihua 補亭集話 [Palavras Coleccionadas do Pavilhão Bu], Yuying Suiqincao 雨吟碎琴草 [Cantares de Ervas Esmagadas na Chuva] e Tiecheng Changhe 鐵城唱和 [Respostas Poéticas da Cidade de Ferro]. [J.G.P.] Bibliografia: JIN Guo Ping, O Ocidente ao Encontro do Oriente, (Macau, 2001); LIU Yuelian, “Aomen Jilüe Tanwei” [Uma Tentativa de Novas Abordagens sobre a Monografia Abreviada de Macau], in Revista de Cultura, n.° 43, (Macau, 2002); PTAK, Roderich, “Die Stadt Macau nach den Illustrationen Lokalchronik”, in China and the Asian Seas Trade, Travel, and Vision of the Other (1400-1750) , (Ashgate, 1998); PTAK, Roderich, “Yin Guangren, Zhang Rulin e as Relações Luso-Chinesas nos Anos 1740, Colóquio Internacional Portugal-Macau e as Relações Europa-China”, in Daxiyangguo, (Lisboa, 1999); PTAK, Roderich, Macau: Trade and Society, circa 1740-1760, International Workshop on Maritime China and Overseas Chinese Communities in Transition, 1750-1850, Department of History, National University of Singapore, (Singapura, 1999); TAN Kaijian, Mingqing Shidaifu yu Aomen [Mandarins das Dinastias Ming e Qing e Macau], (Macau, 1998); VALE, A. M. Martins do, Os Portugueses em Macau (1750-1800), Degredados, Ignorantes e Ambiciosos ou Fiéis Vassalos d’El-Rey? , (Macau, 1997); VONG Tak Hong, Aomen Xinyu [Crónicas de Macau], (Macau, 1996); WU Zhiliang; Ieong Wan Chong, Aomen Baikequanshu [Enciclopédia de Macau], (Macau, 1999); ZHANG Wenqin, Aomen yu Zhongguo Lishi Wenhua [Macau na História e Cultura Chinesas], (Macau, 1995); ZHAO Chunchen, Aomen Jilue Jiaozhu [Monografia de Macau Anotada], (Macau, 1992); ZHAO Chunchen, “Monografia de Macau e suas Notas”, in Revista de Cultura, n.° 19, (Macau, 2001); ZHAO Chunchen, Zhongshan Wenxian [Documentação de Zhongshan], 8 vols., (Taiwan, 1985).
YING GUANGREN 印光任 (1691-1758)
Mandarim da Dinastia Ming 明. Cognominado de Shao Nan 少南, natural do Distrito de Nanhai 南海, província de Guangdong 廣東. Em 1553, conseguiu o grau académico de Jinshi 進士 [doutor]. Exerceu várias funções administrativas a nível distrital e chegou a ser censor imperial e governador de Zhejiang浙江 e Fujian 福建, entre outras províncias. Em 1564, na véspera da sua viagem de Guangdong 廣東para Fujian 福建, a onde ia tomar posse como governador, elaborou um conhecido memorial ao Trono, que é considerado como o primeiro documento oficial chinês sobre a presença permanente dos portugueses em Macau. [J.G.P.] Bibliografia: ALVES, Jorge Manuel dos Santos, Um Porto entre dois Impérios: Estudos sobre Macau e as Relações Lusochinesas, (Macau, 1999); TANG Kaijian, Mingqing Shidaifu Yu Aomen [Mandarins das Dinastias Ming e Qing e Macau] , (Macau, 1998); WU Zhiliang; IEONG Wan Chong, Aomen Baikequashu [Enciclopédia de Macau] , (Macau, 1999); WUZhiliang, Segredos de Sobrevivência O Sistema Político e o DesenvolvimentoPolítico de Macau, (Macau, 1999); ZHANG Tingyu, Mingshi [História Oficial dos Ming] , (Pequim, 1974); ZHANG Wenqin, Aomen Yu Zhonggio Lishi Wenhua [Macau na História e Cultura Chinesas] , (Macau, 1995).
PANG SHANGPENG (龐尚鵬) (?-c.-1582).
No dia 15 de Fevereiro de 1667, o mandarim de Heong-San intimou a cidade de Macau a cumprir a ordem de Pequim de transferir a cidade para o interior, prometendo, no entanto, tratar de conseguir a sua reabertura comercial, no caso de lhe serem dados 250 000 taéis. Dias antes, chegaram 12 barcos para porem o cerco à cidade da banda de Oitem (Lapa) e da Taipa, impedindo a saída das lorchas para a pesca e para buscar lenha, fechando-se também a Porta do Cerco, por onde já era impedida a vinda do arroz há 20 dias. Feita a promessa, reabriu-se a Porta do Cerco três dias depois, retirando-se também a flotilha. .
Mandarim de Heong-San intimou a cidade de Macau a cumprir a ordem de Pequim
No dia 12 de Março de 1666, os mandarins de Heong-San e da Casa Branca, como emissários do Vice-Rei de Cantão, intimaram pela 2.ª vez a cidade para que afastasse os barcos da Taipa. Quebrada para mais longe, pelo que os mesmos foram levados para a enseada de André Feio. Já em 1665 tinham exigido cerca de 5 mil taéis para autorizarem a Macau a navegação. No final de 1666 já eram precisos 150 mil, com satisfação imediata de 30 mil taéis. Como a Cidade não os tinha, pagou “em fato miúdo e outras peças”. (cfr. Ta-Ssi-Yang-Kuo, I, 36, ed. da Fundação Macau, Macau, 1995).
Mandarins de Heong-San e da Casa Branca intimaram pela 2.ª vez a cidade
Personagem: | Ho, Hung-sun Stanley, 1921-2020 |
Tempo: | Após o estabelecimento da RPC em 1949 até 1999 |
1983 | |
1984 | |
1985 | |
Palavra-chave: | Comerciante chinês |
Macaense |
Fonte: | Arquivo de Macau, documento n.º MNL.03.25.121.F |
Entidade de coleção: | Arquivo de Macau |
Fornecedor da digitalização: | Arquivo de Macau |
Tipo: | Imagem |
Fotografia | |
A cores | |
Formato das informações digitais: | TIF, 1427x2000, 8.17MB |
Identificador: | p0004145 |
Caros membros do website "Memória de Macau", olá!
Agradecemos o vosso apoio e confiança ao longo do tempo ao website de Cultura e História "Memória de Macau". A fim de otimizar a qualidade dos serviços a prestar aos membros e proteger os seus direitos e interesses, será implementada, oficialmente, uma nova versão dos "Termos e Serviços" que entrou em vigor a 28 de Abril de 2025. Por favor, leiam o texto completo da versão actualizada. O conteúdo pode ser consultado aqui:
👉 Clique aqui para tomar conhecimento da versão actualizada dos "Termos e Serviços"
Li, concordo e aceito o conteúdo actualizado dos "Termos e Serviços".
Caso tenha alguma dúvida sobre a versão atualizada, não hesite em contactar-nos.
Agradecemos o vosso contínuo apoio e confiança. O website de Cultura e História "Memória de Macau" continuará a prestar serviços aos seus membros de forma segura e conveniente.
Com os melhores cumprimentos,
Website de Cultura e História "Memória de Macau"
Data de actualização: 28 de Abril de 2025
Instruções de uso
Já tem a conta da "Memória de Macau"? Login
Comentários
Comentários (0 participação(ões), 0 comentário(s)): agradecemos que partilhasse os seus materiais e histórias (dentro de 150 palavras).