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Data de atualização: 2020/07/09
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Data de atualização: 2020/07/09
No dia 6 de Julho de 1850, após 39 dias de Governo da Colónia, faleceu, vítima de cólera que se manifestou apenas 8 horas antes, aos 49 anos de idade, o Capitão de Mar-e-Guerra Pedro Alexandrino da Cunha, que tomara posse em 30 de Maio, sendo sepultado na Capela do Cemitério de S. Paulo. A cidade de Luanda erigiu-lhe uma estátua, comemorando os relevantes serviços que ele prestara a Angola, onde exercera o cargo de Governador Geral. Apesar de um curto período de serviço em Macau, foram-lhe reconhecidos um bom impulso ao negócio local e a determinação de alcançar um clima pacífico no dia-a-dia.
Faleceu Capitão de Mar-e-Guerra Pedro Alexandrino da Cunha
No dia 2 de Novembro de 1849, foi exonerado, por Decreto, o Capitão Feliciano António Marques Pereira, do governo interino de Macau, para o qual havia sido nomeado, pelo decreto de 22 de Outubro de 1849, em substituição do Conselheiro e Capitão de Mar-e-Guerra, João Maria Ferreira do Amaral, que fora assassinado pelos chinas. Nesta mesma data foi publicado o Decreto que nomeava o Capitão de Mar-e-Guerra, Pedro Alexandrino da Cunha, para o cargo de Governador de Macau.
Nomeado Pedro Alexandrino da Cunha para novo Governador de Macau
No dia 18 de Setembro de 1851, foi exonerado o Conselheiro Capitão de Mar-e-Guerra Francisco António Gonçalves Cardoso do cargo de Governador da Província de Macau e nomeado, a 19, o Capitão Tenente da Armada Isidoro Francisco Guimarães Júnior, Comandante da corveta D. João I, para o substituir.
Exonerado Francisco António Gonçalves Cardoso do cargo de Governador da Província de Macau
No dia 26 de Outubro de 1866, o Conselheiro José Maria da Ponte e Horta tomou posse do cargo de Governador desta Província. Até 1868 assiste-se ao Governo de José Maria da Ponte e Horta, em Macau. Procurou modernizar a administração pública. Olhou com dinamismo o processo de emigração de cules a partir de Macau, publicando Portarias e Regulamentos apertados. Quis abrir uma Escola para Macaenses e já tinha colaboradores mas não teve meios para a manter. Teve um repetido problema: o estabelecimento de hopu - várias estações fiscais chinesas ao redor de Macau. No seu tempo foi inaugurado o Clube Lusitano de Hong Kong (17 de Dezembro de 1866). (V. Governadores De Macau, pp. 145 a 148). No dia 30 de Outubro de 1866, o ex-Governador da província, Conselheiro José Rodrigues Coelho do Amaral, partiu na canhoneira a vapor Camões, tendo recebido dos habitantes as mais calorosas demonstrações de espontâneo agradecimento pelo bom governo que fez. A partida de Hong Kong foi também acompanhada por inequívocas provas de saudade e reconhecimento, por parte dos residentes portugueses naquela colónia.
José Maria da Ponte e Horta tomou posse do cargo de Governador
No dia 13 de Fevereiro de 1846, o Herói de Itaparica João Maria Ferreira do Amaral embarca para Macau no navio inglês Madrid, vindo a ser o primeiro Governador a administrar a Província, como independente da Tutela do Estado da Índia. No dia 22 de Abril de 1846, tomou posse do Governo da Província de Macau, Timor e Solor, o Conselheiro Capitão de Mar-e-Guerra, João Maria Ferreira do Amaral, até aí conhecido como “O herói de Itaparica”, que tinha chegado no dia 19 deste mês e ano. João Maria Ferreira do Amaral é o novo Governador de Macau e só não ultrapassa a data de 1849 no cargo porque é assassinado. O cavaleiro-fidalgo era natural de Lisboa e muito culto em línguas e Filosofia, em Matemática e Cálculo Astronómico. [Precisava, pensamos nós, de mais Psicologia para perceber no rosto que parecia oferecer-lhe flores, a expressão de quem ia derrubá-lo do cavalo e decapitá-lo!] Foi preso pelos miguelistas mas libertado por falta de provas, dezoito meses depois. Emigrou com outros liberais para Inglaterra e depois para a Ilha Terceira. Esteve, ao serviço de Portugal, em Turim e Roma, em Génova e portos de Espanha. Vigiou o contrabando e tráfego de escravos entre os Açores e a América Latina. Resgatou liberais em Brest, foi exercer funções em Luanda. Opôs-se ao desrespeito dos britânicos para com as autoridades portuguesas. Foi para o Brasil e perdeu lá um braço, em combate. Foi repetidamente agraciado pela Coroa. Trocou a marinha pela política e, como homem de confiança do Ministro da Marinha e Ultramar, Joaquim José Falcão, a acrescentar ao perfil firme e determinado de que Macau carecia, tomou posse como Governador a 22 de Abril de 1846. Começou por saldar dívidas à tropa e a funcionários com dinheiro da Pagadoria da Marinha e preparou-se para definir nova estratégia política em Macau. Em 1847 comunicou a QiYing que ia construir uma casa forte na Taipa. A posse da Taipa era, sobretudo, a posse de um porto com melhores condições do que Macau e mais avançado para defesa de qualquer investida estrangeira. Para reparação do cais de Macau, instituiu tributação de uma pataca mensal aos barcos “faitiões” que se registassem na Procuratura. Não foi aceite pelos “contribuintes” esta iniciativa e 1500 chineses em 37 “faitiões” vindos pelo rio abaixo romperam de madrugada pelo cais do porto interior e atacaram a cidade. Foram reprimidos pelos soldados e porque a população ribeirinha os escondeu na confusão de ruelas e casebres daquela parte da cidade. O Governo de Ferreira do Amaral é rico e controverso. Demos um apontamento nesta passagem sobre Governadores, mas a Cronologia indica fontes para seguir de perto o seu mandato até e depois do infeliz desenlace. Como Governador, (V. Governadores De Macau, op. e ed. cit., pp. 210 a 217). • João Maria Ferreira do Amaral concebeu o plano de despojar o Mandarim de parte dos poderes de que estava revestido, ampliando a esfera de atribuições da Procuratura (único tribunal, em Macau, para julgamento de chineses). Igualmente mandou fechar definitivamente a Alfândega Chinesa de Macau. V. nesta Cronologia…, 1849, Março, 5.
João Maria Ferreira do Amaral embarca para Macau
No dia 19 de Novembro de 1851, o Capitão-Tenente da Armada Isidoro Francisco Guimarães desembarcou às 15.00 horas, sendo recebido pelo Governador cessante Francisco António Gonçalves Cardoso e demais autoridades. Após a recepção no Palácio do Governo, o Governador cessante dirigiu-se à Sé, para buscar o bastão que havia depositado aos pés de Nossa Senhora da Conceição, dirigindo-se em seguida ao Monte, seguido das autoridades. Após a entrega do bastão e das chaves da Fortaleza e troca de discursos, dirigiram-se os dois Governadores para o Leal Senado, a fim de o novo Governador assinar o auto da posse, findo o qual voltou à Sé, para depositar novamente o bastão aos pés da Nossa Senhora da Conceição. Isidoro Francisco Guimarães, depois Visconde da Praia Grande, durante os anos da sua inteligente e próspera governação, conseguiu restaurar por completo o estado financeiro da Província que, encontrando-se em 1852 deficitário em 48.309 patacas, apresentou, em 1862, um saldo de 104.633 patacas. No dia 24 de Novembro, seguiu para Hong Kong na corveta D. João I o ex-Governador Francisco António Gonçalves Cardoso, a fim de regressar à metrópole, no vapor da mala.
Capitão-Tenente da Armada Isidoro Francisco Guimarães desembarcou em Macau
No dia 22 de Agosto de 1849, assassinato do Governador João Maria Ferreira do Amaral por sete chineses que o acometeram repentinamente, e à traição, próximo das Portas do Cerco. Sucedeu-lhe, na administração da Colónia, o Conselho do Governo, composto pelo Bispo Jerónimo José da Mata, Juiz Joaquim António de Morais Carneiro, Ludgero Joaquim de Faria Neves, Miguel Pereira Simões, José Bernardo Goularte e Manuel Pereira. • Sobre a morte de Ferreira do Amaral, cfr. a obra já citada Estudos de História Do Relacionamento Luso-Chinês. Séculos XVI-XIX de A. Vasconcelos de Saldanha. [Análise actualizada]
Assassinato do Governador Ferreira do Amaral por sete chineses
No dia 30 de Janeiro de 1863, partiu para a Metrópole, ao cabo de 14 anos de residência em Macau e 11 de governo, o Conselheiro Isidoro Francisco Guimarães. Ao tomar conta do Governo, encontrou a caixa pública exausta e com grandes dívidas aos servidores do Estado, mal chegando para as despesas o subsídio da Metrópole. O Conselheiro Guimarães não impôs um só tributo. Fiscalizou unicamente, com rigor, os existentes, empregando a mais severa economia, conseguindo, em menos de três anos, não só pagar mas dispensar o subsídio da Metrópole e, não obstante as despesas terem aumentado de ano para ano, com as obras públicas e a força naval e com socorros de avultadas somas, para outras províncias, deixou a caixa com um saldo de milhares de patacas. Introduziu notáveis melhoramentos na colónia dispendendo para isso grandes quantias, como com o novo Palácio do Governo, aumento sobre o mar de quase toda a linha da Praia Grande, além da reconstrução do Bazar, depois do incêndio que o reduziu a cinzas, reconstrução que tornou aquela parte importante da cidade, não só maior, pelos acréscimos sobre o rio, como muito mais regular e elegante. Foi também ele quem concluiu, satisfatoriamente para Portugal, os tratados com o Sião, Japão e China, que trouxeram muita honra para Portugal, bem como idênticas vantagens alcançadas com outras nações estrangeiras, abrindo um diálogo salutar.
Isidoro Francisco Guimarães partiu para Portugal
Personagem: | Coelho, António de Albuquerque (Governador), 1682-1745 |
Pessoa responsável: | António Manuel Martins do Vale |
Fonte: | Dicionário Temático de Macau, Volume I, Universidade de Macau, 2010, p. 361-362. ISBN: 979-99937-1-009-6 |
Identificador: | i0001203 |
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