No dia 18 de Maio de 1727, chegou a Pequim, com a sua comitiva, sendo recebido na corte a 28, o embaixador Metelo de Sousa, que levava uma carta de D. João V para o Imperador, e sua comitiva. O Pe. António Magalhães partira para Pequim antes do Embaixador, chegando lá a 19 de Novembro (mas veio ao encontro do embaixador de Portugal a mando do Imperador, como sinal de deferência); e bem necessária era a sua presença ali, pois que Yung Cheng ardia em desejos de saber se o Embaixador ia tratar de assuntos missionários. Foi logo ao Palácio, onde o 13.º Príncipe, irmão de Yung Cheng, o interrogou sobre o fim da Embaixada. O Pe. Magalhães respondeu apenas que o Embaixador vinha cumprimentar o Imperador, dar-lhe os pêsames pela morte de seu pai e felicitá-lo a ele pela subida ao trono e rogar-lhe que tomasse sob a sua protecção os habitantes de Macau e os outros súbditos residentes na China. Ele não ficou satisfeito e perguntou se não estaria encarregado de outra comissão importante ou não teria que tratar de algum assunto difícil ou desagradável. Encurtando as razões, mais uma vez foi nulo o resultado desta Embaixada. O Imperador continuou a perseguição religiosa, tornando-se Macau o refúgio de todos os missionários; para aqui vieram nada menos que 40, incluindo alguns bispos. Teve ainda mais um efeito negativo: o de agravar e quase esgotar o erário público de Macau pelas grandes despesas feitas com a Embaixada. Cfr. Silva, Beatriz Basto da. Cronologia da História de Macau. Macau, Livros do Oriente, vol. I, 3.ª ed., 2015, 1752, Dezembro, 20.

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Data de atualização: 2019/10/14