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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic

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Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.

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1640

No dia 12 de Novembro de 1640, para poder saldar as dívidas em ouro e prata emprestadas pelos moradores, e a quantia de mais de 8000 pardaus que vieram de Manila para custear a embaixada do Japão, foi resolvido vender-se a seda vinda deste país e que estava sob penhor, pelo preço que fosse arrematada, sendo o pão de ouro pago à razão de 22 taéis. A seda foi arrematada a 126 taéis o pico.

1725

No dia 12 de Novembro de 1725, o Pe. Caetano Lopes, S.J., em carta ao Senado de Macau, em seu nome e no dos religiosos do Colégio de S. Paulo, cede todos os interesses da Companhia na estância de Oitem, na Ilha da Lapa. O sepulcro do Pe. João Rodrigues ficaria entregue a um secular.

1740

No dia 27 de Novembro de 1740, D. Eugénio Trigueiros, estando já nomeado como Bispo de Macau D. Fr. Hilário de St.a Rosa, O.F.M., parte para Goa. Descreve entretanto a situação religiosa de Macau em 1739, a pedido do seu sucessor (cfr.Nazareth, Pe. C.C., Mitras Lusitanas. Nova Goa, 1924).

1742

Em Novembro de 1742, no Colégio de S. Paulo em Macau, o Pe. José Montanha, S.J., e o Irmão Jorge Álvares começam o processo de cópia dos documentos importantes do estabelecimento ou nele guardados; este acervo virá a constituir a colecção preciosa “Jesuítas na Asia”. No dia 5 de Novembro de 1742, chegada do novo Bispo D. Fr. Hilário, segundo documento da época: “De bordo em distancia de sete legoas, tendo a Nau dado fundo com vento contrario defronte da Ilha dos Ladroens, escreve S. Exa. ao guardião de S. Francisco avizando-o que no seu Convento inteiramente se dezejava recolher, e como chegasse primeiro a bordo hum escaler, ou escucha dos Padres da Companhia a buscar para terra quatro Padres seus que vinhão no mesmo navio, persuadido por elles S. Exa. se embarcou também, e por ser ja tarde quando chegarão pernoitamos todos no Collegio de São Paulo, adonde S. Excia. foi com todo o applauzo recebido, sem que a tarde e a noite fosse impedimento para o Governador desta Praça, Manuel Pereira Coutinho [1738-1743], lhe ter prevenido na praia uma companhia de soldados, e o seu Palanquim que não aceitou por hir com os Padres; ao mesmo tempo se deu salva de artelharia. No dia seguinte e sedo se recolheu occulto ao Convento de S. Francisco, adonde foi comprimentado de todas as Relligioens, Clero, Senado e Nobreza desta Cidade. Esteve nelle perto de três semanas primorosamente assistido, em quanto se lhe preparavão casas para residir”. (Há um período de vacatura episcopal, por evidência com esta Cronologia…, 1740, Novembro, 27). No dia 12 de Dezembro de 1742, o Bispo D. Fr. Hilário tomou posse da diocese por procuração, sendo procurador o Pe. José de Almeida, cura da Sé. A 13, o Bispo informa o Senado que no dia 17, sábado, pelas 3 horas da tarde “determina dar entrada publica, na forma costumada, deste Convento para a Se, esperando em tão benignos e atenciozos ânimos obrem o que em tal occazião com os mais bispos se pratica”. V. nesta Cronologia…, 1740, Novembro, 27; e 1742, Novembro, 5, e História Breve dos Bispos da Diocese de Macau, 1576 – 2006. Ed. do Paço Episcopal. RAEM, 2006.

1742

No dia 12 de Dezembro de 1742, chegada a Macau da primeira esquadra do governo britânico, comandada pelo Comodoro Anson, que saiu de Inglaterra em 18 de Setembro de 1740, no Centurion. (cfr. esta Cronologia…, 1743, Junho, 20 e Dezembro, 7).

1742

ANSON, BARÃO GEORGE (1697-1752). Almirante cuja rota da circum-navegação (1740- 1744) passa por Macau. Entre outras façanhas, Anson derrota a frota francesa no Cabo Finisterra em 1747, e, enquanto First Lord of the Admiralty (1751-1756, 1757-1762), leva a cabo importantes reformas navais, contribuindo para o sucesso de Inglaterra na Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Após cerca de dois anos de viagem, em 12 de Novembro de 1742, encontrando-se apenas quatro embarcações da EIC no Sul da China, chega à rada de Macau, com o intuito de se reabastecer, o primeiro barco de guerra da Marinha Real inglesa, o H. M. Centurion, sob o comando de George Anson, que partira de Southampton em 18 de Setembro de 1740 para desequilibrar os interesses espanhóis, sobretudo no continente americano. Um dos membros da tripulação descreve a chegada à Taipa e o poder (cada vez mais nominal) dos portugueses em Macau. O enclave funciona como porto familiar e seguro durante longas viagens de embarcações europeias. Na China Meridional inúmeros barcos europeus necessitam de se reabastecer e de ser reparados, como é o caso do Centurion. O capitão inglês do Augusta, barco da EIC, informa Anson dos procedimentos habituais dos estrangeiros à chegada a Macau, nomeadamente o pedido de autorização às autoridades chinesas para entrar no rio de Cantão e as taxas alfandegárias que o Centurion teria que pagar, aconselhando o Comodoro a informar-se melhor junto do governador e do Senado de Macau, que, temendo represálias chinesas como as que a cidade sofrera ao receber o London e outras embarcações inglesas, aconselha Anson a atracar discretamente na Taipa e a não entrar no rio das Pérolas, pois caso o fizesse teria de pagar as taxas alfandegárias ao mandarinato cantonense. Os portugueses servem, mais uma vez, de fonte de informação sobre a China para visitantes estrangeiros, deslocando-se Anson, no segundo dia da sua estada, a terra para inquirir o governador sobre as possibilidades de adquirir mantimentos e reparar o barco. Este último responde que se vê forçado a pedir autorização às autoridades mandarínicas e, perante tal postura, o Comodoro, apercebendo-se de que apenas o vice-rei de Cantão poderia autorizar o reabastecimento e a reparação do Centurion, aluga um pequeno junco e dirige-se para Cantão, onde, após aconselhar-se junto dos sobrecar¬gas da EIC aí instalados, tenta, através do Co-Hong (Gonghang 公行), em vão, falar com o mandarim, regressando à Taipa cerca de um mês depois, em 16 de Dezembro. Já em Macau o Comodoro entrega ao Hopu (Hubu 户部) uma carta traduzida para chinês dirigida ao vice-rei de Cantão, ameaçando o oficial da alfândega de Macau que subiria a Cantão no seu barco caso a missiva não fosse entregue ao seu destinatário. Dois dias depois, uma frota de dezoito juncos desce ao Canal da Taipa transportando enviados do vice-rei de Cantão que se encontram com Anson, que, por sua vez, ameaça quer as autoridades chinesas, quer indirectamente a Cidade do Santo Nome de Deus com a força do seu barco de guerra caso essa mesma embarcação não seja reabastecida e reparada. A permissão do vice-rei chega em 6 de Janeiro de 1743, e, em 19 de Abril, encontrando-se o barco pronto para viajar, Anson deixa a rada de Macau, afirmando estrategicamente que se dirige para Batávia para regressar três meses mais tarde, em 11 de Julho, com o galeão espanhol Nuestra Señora de Cobadonga, que tomara nas Filipinas, em 30 de Junho, enquanto este fazia a viagem Acapulco-Manila carregado de mercadoria. O comodoro, lutando novamente contra as exigências dos chineses, dirige-se, três dias depois, à Boca do Tigre, onde pede mantimentos e permanece algum tempo à espera dos mesmos, visitando Whampoa (Huangpu 黃埔) e Cantão até regressar a Macau e partir, posteriormente, após mais uma estada de seis meses nos mares da China, para Inglaterra, onde chega em Junho de 1744. O relato da viagem do Comodoro Anson, atribuído a Richard Walter, capelão do H. M. Centurion, mas redigido, segundo alguns estudiosos, por Benjamin Robins, e publicado em 1748, espelha a atitude inglesa em relação à China, um país considerado intolerante, enquanto a administração mandarínica reforça a vigilância de Macau para evitar a entrada de mais barcos ‘bárbaros’ no Império do Meio através de Macau. O texto atribuído a Richard Walter descreve a estada da tripulação em Macau, e, tal como os autores dos relatos da embaixada de Lord Macartney farão mais tarde, refere a riqueza de que a cidade gozara no início da ocupação portuguesa e a decadência em que então se encontra, permanecendo os portugueses no enclave com autorização dos chineses, que podem, quando o entendem, bloquear a entrada de comida obrigando assim o governador a obedecer-lhes. A obra é traduzida para francês em 1751, ilustrada com uma gravura da cidade vista do mar, onde o Centurion se encontra representado, com base na gravura de Nieuhoff (1665). No que diz respeito às consequências da viagem do Centurion pelo globo e pelos mares da China Meridional, e de entre os muitos exemplos de obras que reflectem e aplaudem o resultado da expedição, John Campbell publica Navigantium atque Itinerantium Bibliotecha: or, A Compleat Collection of Voyages and Travels (1744-1748), na qual glorifica as façanhas marítimas inglesas e descreve o interesse crescente das nações europeias no comércio, sobretudo com a China, servindo-se ainda das muitas inconveniências enfrentadas pelo comodoro Anson em Macau, das dificuldades da circum-navegação e das relações com as autoridades chinesas para provar a capacidade dos ingleses, que futuramente deverão seguir o exemplo do comodoro pelos mares, honrando a Inglaterra. Bibliografia: WALTER, Richard, A Voyage Round the World in the Years MDCCXL, I, II, III, IV, by George Anson, (Londres, 1748); WALTER, Richard, Anson’s Voyage Round the World, introdução e notas de G. S. Laird Clowes, (Londres, 1928); MORSE, Hosea Ballou, The Gilds of China, (Nova Iorque, 1909); MORSE, Hosea Ballou, The International Relations of the Chinese Empire, vol. 1: The Period of the Conflict 1834- 1869, (Londres, 1910); MORSE, Hosea Ballou, The Chronicles of the East India Company Trading to China 1635-1834, vol. 1, (Oxford, 1926); SOMMERVILLE, Boyle, Commodore Anson’s Voyage into the South Seas and Around the World, (Londres, 1934); WILLIAMS, Glyndwr (ed.), Documents Relating to Anson’s Voyage Round the World 1740-1744, (Londres, 1967); WILLIAMS, Glyndwr (ed.), “Anson at Canton, 1743: ‘A Little Secret History’”, in CLOUGH, Cecil P.; HAIR, P. E. H. (eds.), The European Outhrust and Encounter: The Firts Phase (c. 1400-c. 1700), (Liverpool, 1994), pp. 271-290; WILLIAMS, Glyndwr, The Prize of all Oceans: The Triumph and Tragedy of Anson’s Voyage Round the World, Harper Collins, (Londres, 1999); SUMAREZ, Philip, Log of the Centurion Based on the Original Papers of Captain Philip Saumarez on Board HMS Centurion, Lord Anson’s Flagship During his Circumnavigation 1740-44, (Londres, 1973); EAMES, James Bromley, The English in China, (Londres, 1974); LOYD, Christopher, “Introduction”, in SUMAREZ, Philip, Log of the Centurion. Based on the Original Papers of Captain Philip Saumarez on Board HMS Centurion, Lord Anson’s Flagship during his Circumnavigation 1740-1744, (1973), pp. 10-13.

1854

No dia 12 de Novembro de 1854, o 2.º Tenente João Eduardo Scarnichia da guarnição da corveta D. João I foi nomeado, em 10 deste mês, comandante da lorcha Amazona, que se fez à vela às 11.30 horas em direitura a Coulan, onde avistou na baía muitas embarcações de piratas, tendo uma delas disparado um tiro que foi imediatamente respondido. A Amazona foi fundear próximo de Cantão, onde estava o comandante do Encounter, que lhe comunicou tencionar bloquear o porto durante a noite, para atacar os piratas na manhã seguinte. À vista encontravam-se mais cinco barcos a vapor, o Barracuda, o Encounter, o Styxe, o Charles Forbes, todos ingleses, e o americano Queen. Pouco depois das 9.00 horas, a Amazona recebeu ordens para romper fogo, batendo as fortificações que os piratas tinham construído à beira-mar, a fim de proteger o desembarque das forças anglo-americanas. Uma hora depois, efectuado o desembarque, a Amazona cessou o fogo e Scarnichia desembarcou com 11 soldados da Força Naval e 16 praças da marinhagem, com os guarda-marinhas J.J. d’Almeida e Álvaro A. M. da Silva, a fim de se juntar às forças anglo-americanas. Os piratas fugiram para as montanhas. Foram capturadas nesta acção 22 peças, sendo a maior de calibre 12; queimaram-se 60 embarcações de diversos tamanhos e destruiram-se 4 povoações abandonadas. Perderam-se apenas 2 homens da força americana.

1866

Fundador da República da China (Cuiheng 翠亨, 12 de Novembro de 1866 – Pequim [Beijing 北 京], 12 de Março de 1925). Do século XVI ao XVIII, europeus e chineses dedicaram-se ao comércio, com vantagens para ambas as partes, usando as vias do diálogo e da diplomacia na procura de soluções. No século XIX tudo se alteraria. A Europa tornou-se forte e arrogante e a intervenção dos ocidentais passou a ser brutal. O exemplo da vasta Índia inglesa despoletava ambições. E não faltaram oportunidades para esquartejar a imensa China: a guerra do ópio (1840-1842), a revolução nacionalista e xenófoba dos Tai Ping 太 平 (1850-1864), a II guerra sino-japonesa (1894- 1895), o movimento nacionalista dos Boxers (1900), a guerra russo-japonesa (1904-1905). Ao iniciar o século XX, o Império do Meio via-se desapossado de importantes porções do seu território, desmantelado economicamente e humilhado por uma série de tratados que designou, não sem razão, ‘tratados iníquos ou tratados desiguais’. Estava assim preparado o terreno para a gestação de um núcleo duro de nacionalistas revolucionários, que se organizaram em sociedades secretas – umas já com ideais republicanos, outras ainda monárquicas – lançando as raízes do primeiro movimento revolucionário da China moderna, que seria provisoriamente encabeçado por Sun Yat- Sen (Sun Yixian 孫逸仙). O fundador da República Chinesa nasceu a 12 de Novembro de 1866, numa aldeia rural, Cuiheng 翠亨, 30 km a norte de Macau, distrito de Xiangshan (香山), actual município de Zhongshan 中山 – berço de inúmeros chineses ultramarinos. Criança pobre, com 5 irmãos, Sun ajudava o avô na apanha de ostras e o pai nas lides da lavoura. ‘Sou cule e filho de cules’, declararia mais tarde, recordando a China semi-colonial e semi-feudal da sua infância. Em Maio de 1878, com 11 anos de idade, passou por Macau, pela primeira vez, acompanhado da mãe, rumo ao Hawai, onde o irmão mais velho, Sun Mei 孫眉, ali emigrado, lhe custearia os estudos no Iolani College, da English Methodist Church, em Honolulu. Em 1883, prosseguiu a sua educação ocidental em Hong Kong, onde também se baptizou no protestantismo. Aos 18 anos, casou com Lu Muzhen 盧慕貞. Em Junho de 1892 licenciou-se em medicina e cirurgia, pelo College of Medicine for Chinese, de Hong Kong, e transferiu-se para Macau, onde iniciou, em Setembro desse ano, a sua carreira de médico, no hospital de Kiang Wu (Jinghu Yiyuan 鏡湖醫院), tornando-se o primeiro médico chinês a praticar ali medicina ocidental. Impedido de prosseguir a sua carreira em Macau, voltou para Hong Kong, em 1893, e ali, na Casa Vermelha, perto do Castle Peak, conspirou para derrubar a dinastia manchu. Seguiu para o interior da China, onde, entre 1895 e a instauração da república, dirigiu nove revoltas, nas províncias de Guangdong 廣東 e Guangxi 廣西. Em Novembro de 1895, por ter abortado a primeira insurreição armada que organizara em Guangdong 廣東, fugiu para Macau e, com a ajuda de um amigo macaense, Francisco Hermenegildo Fernandes, embarcou para Hong Kong e dali para o Japão, prosseguindo uma carreira de revolucionário profissional, com deslocações à Inglaterra e aos Estados Unidos. Em Agosto de 1905, fundou em Tóquio a “Liga Unida da China”, republicana, que rapidamente adquiriu importância no Império do Meio e, com o apoio das comunidades chinesas da América, esteve directamente ligada à revolução que, em 10 de Outubro de 1911, derrubou a dinastia Qing 清. Em 29 de Dezembro do mesmo ano, foi eleito pelos representantes de 17 Províncias, Presidente Provisório da República da China. Em 1 de Janeiro do ano seguinte, foi proclamada oficialmente, em Nanquim, a República da China, tendo o Dr. Sun tomado posse do cargo, com um governo também provisório. A revolução abortou de imediato e foi forçado a demitir-se, logo em 13 de Fevereiro, um dia depois da abdicação do imperador manchu, Pu Yi 溥儀. Em Beijing 北京 dominava Yuan Shikai 袁世凱, tentando restaurar o antigo regime monár quico. Quando a China mergulhava de novo na anarquia, Sun Yat-Sen (Sun Yixian 孫逸仙) passou por Macau, onde não voltara desde que aqui fizera escala, em fuga para o exílio, em 1895. Desta vez vinha em trânsito, de Hong Kong para a sua terra natal. Chegou a 24 de Maio de 1912, e permaneceu até 27, alojandose no palacete de Lou Lim Ioc (Lu Lianruo 盧廉若), seu apoiante e amigo. Encontrou-se com o Governador e com outras personalidades, que lhe organizaram uma recepção solene, e visitou o hospital de Kiang Wu (Jinghu Yiyuan 鏡湖醫院, antes de seguir para a sua terra, Cuiheng 翠亨, que não visitava havia 17 anos. Voltaria a passar por Macau em 16 de Junho do ano seguinte, vindo de Xangai, onde defendera o derrube de Yuan Shikai 袁世凱 (que pretendia fazer-se coroar imperador), e preparara a “Segunda Revolução”. Ficou então instalado em casa do irmão mais velho, Sun Mei 孫眉, na Rua Central, e seguiu para Hong Kong, a 24. Nesta visita, realizou encontros diversos, para acelerar a proclamação da independência da província de Guangdong 廣東. Com a morte de Yuan Shikai 袁 世凱, em 16 de Junho de 1916, Sun Yat-Sen (Sun Yixian 孫逸仙) tentou restaurar a constituição provisória de 1912 e, por essa causa, criou, em Julho de 1917, o Governo Militar de Guangdong 廣東. Aproveitou também para se encontrar com a sua filha mais velha, gravemente doente. A jovem Sun Ting 孫蜓, que havia partido para os Estados Unidos em 1912, com os dois irmãos Sun Fo (Sun Ke 孫科) e Sun Wan 孫婉, para estudar, regressara entretanto a Macau por sofrer de doença renal grave, da qual viria a falecer a 25 daquele mês de Junho de 1913, um dia depois da partida do pai para Hong Kong. Sun Yat-Sen (Sun Yixian 孫逸仙) não voltaria a Macau, cidade que continuaria a ser uma importante base para as actividades dos seus correligionários. As revoltas continuaram, até à unificação empreendida por Jiang Jeshi 蔣介石 (que viria a casar com uma irmã da terceira mulher de Sun), e posteriormente consumada por Mao Zedong 毛澤 東 . Morreu de cancro no fígado, em Beijing 北京, em 12 de Março de 1925. Sun Yat-Sen (Sun Yixian 孫逸仙) deixou dois testamentos: um dirigido aos seus correligionários do Guomindang 國民黨, partido nacionalista que fundara e que, após a sua morte, seria dirigido por Jiang Jeshi 蔣介石 (a última e veemente recomendação referia-se à abolição dos tratados iníquos) e outro dispondo dos seus bens (“O que eu deixo são livros, roupas e a minha casa, indo tudo para minha mulher como recordação”). Em instruções à esposa terá manifestado a vontade de ser embalsamado, colocado numa urna semelhante à do seu amigo Lenine, que falecera um ano antes, e enterrado no Monte do Tigre, em Nanquim, onde jaz. Alguns dias após a sua morte, relizou-se no hospital Kiang Wu (Jinghu Yiyuan 鏡湖醫院) uma grandiosa homenagem em sua memória, na qual terão participado cerca de 20.000 pessoas, das 100.000 que então habitavam nesta cidade. Macau era a terra adoptiva da família do Dr. Sun. O irmão mais velho, Sun Mei 孫眉, a primeira mulher, Lu Muzhen 盧慕貞, e os três filhos, aqui viveram e alguns aqui faleceram, factos que afirmam o apreço que o fundador da república chinesa nutria por esta cidade. Testemunho perene da ligação de Sun Yat-Sen (Sun Yixian 孫逸仙) a Macau, são três grandes estátuas, um busto, e uma Casa-Museu: Sun Yat-Sen Memorial Hall. A nenhum herói Macau erigiu tanto mármore e tanto bronze como ao “Pai da Pátria”: assim é conhecido o fundador da República e primeiro grande revolucionário da China moderna, que abriu caminho para o nacionalismo de Jiang Jeshi 蔣介石 e para o comunismo de Mao Zedong 毛澤 東. [A.G.A.] Bibliografia: ARAÚJO, Amadeu Gomes de, “Sun Yat-Sen em Macau: a Casa-Museu e as Estátuas”, in MacaU, n.º 87, (Macau, Julho 1999), pp. 38-42; BOORMAN, L. Howard, Biographical Dictionary of Republican China, (Nova Iorque, 1970); GUEDES, João, “Sun Iat Sen, Macau e a Revolução”, in Revista da Cultura, n.º 16, (Macau, 1991), pp. 63-95; ZHENG Lei; SHENG Yunhua; FOK Kai Cheong, Macau: Portal e Palco por onde Sun Yat-Sen Ganhou Acesso ao Mundo, (Macau, 1996).

1889

No dia 12 de Novembro de 1889, é publicado no Boletim da Província o Relatório da Comissão nomeada para estudar as causas da decadência da navegação costeira para Macau, assinado pelo Presidente da referida Comissão, António Joaquim Basto.

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